terça-feira, 27 de dezembro de 2011

Feliz Ano Novo!




Espero que o próximo ano seja um ano muito mais lindo que esse, que, se possível, não tenhamos noticias tristes, não tenhamos problemas financeiros, não tenhamos problemas de saúde, não tenhamos problemas de brigas, enfim, que 2012 seja um ano muito lindo e que se acontecer algo que eu pedi pra não acontecer ai em cima, que saibamos lidar com o problema magistralmente! 
Que 2012 tenha 366 dias e ninguém fique enchendo o saco com esse papo que o mundo vai acabar!

Abraços para todos!!!

sexta-feira, 16 de dezembro de 2011

É? onde? tipo assim... repete pra mim

Ontem...
Estava eu dando um cochilão daqueles de babar na sala dos motoristas, enquanto todos assistiam a um jogo (as vezes, nessa época, ficamos sem fazer absolutamente nada) bateram na porta, eu acordei e rápido me recompus, era Salustiel (fictício) o guarda da tarde, veio perguntando quem ira pra São Paulo nesses dias; antes de ele completar a frase, ja tinha colocado os pés pra cima e tentei prestar atenção, mas dormi sua conversa parecia cantiga de ninar. Acordei com ele dizendo: - ...em São Paulo custa R$60,00 aqui cobram R100,00!
Eu escutando essa frase, já fui concluindo o que ele dizia: - O povo compra em São Paulo e revende aqui! ta na cara que ninguém compra de fornecedor!
O outro motorista se prontificou e disse que iria comprar para ele, vira pra mim e diz: - Onde é que vende isso em São Paulo?
Eu olhei pra ele, olhei para Salustiel, olhei para os outros pra ver se tinha uma dica e todos olhavam para mim curiosos em saber onde vendia tal coisa, mas caray que coisa? pois eu não fazia a menor ideia do que se tratava a mercadoria a ser comprada. Enrolei tentei descobrir sem perguntar, mas todos ficaram mudos esperando a resposta milagrosa da minha boca.
Quando vi que não tinha jeito, tive que confessar o acontecido: - Olha dá pra contar do que se trata? eu cochilei na hora, não sei o que é pra quer comprar!


Detesto essa fase do sono que a gente acorda e pensa que sabe tudo e entra na conversa sem ter a minima ideia do que se trata!

Nota aos curiosos:  Salustiel queria uma correia para sua sanfona (pergunte me se eu sei onde vende isso?)

quarta-feira, 7 de dezembro de 2011

Nonsense estético

Acho que tem fase de nossa vida que preferimos esquecer o quanto a gente era desencanado com roupas e coisa e tal.
Acho minha fase de 16 anos deve ter sido a "peor"! Eu não estava nem ai para o que as pessoas pensassem.
Para se ter ideia, certa feita, minha prima Zuleika (a do bolo de araruta) ligou e me pediu para acompanha-la até o Shopping Iguatemi, pois ela tinha que trocar uma roupa do então namorado. Eu sai como estava, ou seja, calça de agasalho, camiseta de educação física e descalço, não estava afim de colocar uma roupa. Veja bem, no Shopping Iguatemi, o shopping chic de São Paulo.
Eu fui assim mesmo, nem ai pra o que achassem de um cara vestido assim, fomos em uma loja super chic de roupas masculinas e depois fomos lanchar, se alguém prestou atenção em mim, sei lá!
Mas o pior era o que eu fazia em Mogi das Cruzes, era algo que eu fazia muuuuito!
Bastava estar no sitio que eu estava na piscina, a única coisa que me tirava da água era sair para dirigir (que moleque de 16 anos não quer?), então minha mãe, se aproveitava disso, toda vez que precisava de algo, sabia que eu iria tranquilamente topar ir até o MercadoMunicipal com ela. Só que David, saia da piscina e ia como estava, ou seja de sunga e ia mesmo! Sunga, sem camiseta e descalço direto para um mercado municipal de uma cidade do interior. Imagine um moço fortinho entrando num mercado desses de sunga? oooooooooo beleza, devia chamar a atenção de toda japonesada que trabalhava no espaço.
Ir de pijama em supermercado 24horas, fichinha perto do banhista!

Contei isso para o Clark outro dia, que é de Mogi das Cruzes, ele me disse que conhecendo o povo do Mercadão, tem certeza que cada vez que eu aparecia de sunga, devia surgir o comentário:
- "La vem a lokinha da piscina!"


"Acho que as placas de Proibido entrar de trajes de banho em supermercados, surgiram por causa minha"

Acharam que eu iria expor mais de minhas coxas???
Hoje vai de montagem, com um corpo magrinho ( um sonho impossível)

terça-feira, 29 de novembro de 2011

Frango de ceia à cearense

Em 1984, resolvemos passar o fim de ano em Fortaleza, meu pai minha mãe, alguns tios, minha prima Zuleika seu então na época noivo e uns primos de meu pai.
Tudo muito lindo, não conhecíamos nada do nordeste (ja falei de uma aventura nessa mesma viagem aqui), então ficamos encantado com tudo.
O hotel era muto bom, novo não 5 estrelas, creio que 3 estrelas, mas tudo muito charmoso e aconchegante. no dia 31 de dezembro de manhã, minha mãe, toda preocupada com a possível ceia, foi conversar com a recepção do hotel pra saber o que fariam para a noite. Ela foi informada que o hotel não faria festa para os hóspedes, mas que aceitaria encomendas de jantar para quem estivesse querendo.
Minha mãe, minha tia e a prima do meu pai foram até o restaurante para examinar o cardápio e lá escolher o que mais poderia parecer com uma ceia, escolheram tudo em abundância como é peculiar nelas.
Partimos para um passeio tranquilos sem nos preocuparmos com a comida. Passamos o dia todo na praia torramos no sol, protetor solar? o que é isso? vivíamos em um tempo que poucos sabiam o que era isso, voltávamos camaraônicos  e felizes. Mas voltando a história, chegamos a noitinha no hotel, tomamos banhos nos arrumamos todos lindos queimados e com roupas brancas deslumbrantes e prontos para desfrutar a ceia de Réveillon.
Sentamos nas mesas que estavam decoradas ricamente com nada! eles simplesmente deixaram as mesas como um dia normal, minha mãe que não liga muito para firulas, não se incomodou, estava esperando a comida.
começou a vir as coisas, minha mãe teve o cuidado de não pedir nada de frutos do mar, pois estávamos comendo lagosta e camarão a semana toda e ela achou que isso seria algo comum demais. Chegou umas porções disso e daquilo que pareciam coisas boas, mas nada diferenciado para uma ceia. Ai surge os frangos que minha mãe quis que viesse enfeitados como se fossem perus.
Quando minha mãe viu que apareceu meio galetinho assado com uma farofa do lado e meio pêssego em calda, a dona Lourdes despirocou! ela começou a gritar, sei lá por que ela dizia:
-Frango no Ceará é saci? só tem uma perna? uma asa? onde ja se viu? o Joanes que gosta de comer frango só vai comer assim???
Meu pai que nem estava ai para o frango e suas pernas, dizia: - Deixa quieto!
Mas minha mãe não ouvia, minha mãe estava sedenta de justiça, ela queria falar com a cozinheira, queria saber o que ela tinha feito com a metade do frango, queria saber se ela sabia o que era frango de ceia!
De início ficamos chocados, mas depois de 5 minutos começamos a achar engraçado os chiliques de minha mãe.
Só sei que depois de uma hora no restaurante, apareceu um frango inteiro com cara de ceia e minha mãe fez meu pai comer o frango, como se meu pai fosse o culpado de tudo!
Nem preciso dizer que o dia 01/01/85 foi o dia do frango inteiro, tudo que se dizia de comida sempre perguntávamos se era inteiro, até a lagosta que comíamos questionávamos se era Saci.

Foto real do dia! 31/12/84 - Fotografo: meu pai . Na foto:
Eu. Nair (a prima do meu pai), minha mãe, minha tia Clarice,
meu tio Maneco, Zuleika e o Claudio (seu futuro marido)

terça-feira, 25 de outubro de 2011

Enquanto isso, no aeroporto....

Em 1992, minha sobrinha mais velha, Janaina, foi para Disney. Claro que com 15 anos era algo fantástico para ela e preocupante para os pais, na época tudo era mais complicado na questão de enviar dólares para fora se precisasse em uma emergência ou até as ligações telefônicas internacionais eram mais burocráticas.
Mas tudo ia bem, até termos tido a noticia que a jovem infante torceu o pé em um dos brinquedos e estava com o pé enfaixado. Claro que isso se tornou algo mais ampliado para nos devido a distância, mas os responsáveis pelos jovens turistas haviam tranquilizado os pais, dizendo que era uma simples torção.
Passou-se os dias e finalmente chegou o dia da volta da viagem, claro, fomos todos, tios, tias, avô e avós e os pais buscar a jovem viajante no aeroporto.
Tudo corria normal, minha cunhada se comportava até que normalmente, estava apreensiva, mas sabia que tinha sido apenas uma torção e ficará despreocupada com a filha. Achei que tudo acorreria bem até que, naquela vitrine gigante que separa os que esperam dos que chegam, vistamos a Janaina, com o pé enfaixado e numa cadeira de rodas, pra que, minha cunhada começou a gritar no meio de um centena de pessoas e andar por cima de todo mundo e gritava: - MINHA FILHINHA (note que "minha filhinha" tinha 1.70m e pesava 70kg) e passou por todos e pela policia federal que ficou com medo da mulher ensandecida. Ninguém esperava essa reação, minha cunhada continuava a gritar pela filha dentro do aeroporto e todo mundo olhando. Na hora eu não sabia o que fazer, minha primeira reação foi fingir que não pertencia a família, fui dar as boas vindas ao casal polonês que chegava, sai daquele cortiço internacional e fiquei de espectador a distância.
(Ninguém tinha se tocado, que em aeroporto, se você estiver de pé engessado e não tiver muletas ou bengala, eles te darão o serviço de cadeira de rodas, isso não significa que você ficou paraplégico!)
Minha cunhada, dando continuidade ao show da super mãe, trouxe a pequena infante no colo. Estou pra ver mãezona dessas. Alias, minha cunhada é assim até hoje com seus filhinhos todos com mais de 30 anos.

Janaina, hoje.
Se a mãe a visse com essa cara agora, bateria asas,  iria busca la
no avião!


terça-feira, 4 de outubro de 2011

Um pouco de paciência

Gente estou no meio das provas e com meia dúzia de trabalhos para fazer e apresentar, portanto sem tempo para postar algo e comentar nos blog amigo!
Prometo, prometo e prometo voltar logo!



domingo, 25 de setembro de 2011

Almoço com os bombeiros

Em 1989, antes do incêndio da nossa fábrica de colchões (uma hora conto essa história), trabalhava comigo uma moça muito engraçada e que como eu, gordinha. Eramos conscientes e felizes com nossa silhueta afofada, seu nome era (e ainda é, pois ela esta viva) Leila.
Leila era a faturista da empresa, numa época que maquina de escrever, fichas Kardex, papel carbono e calculadora de mesa faziam parte da rotina desse profissional. Ela tirava de letra seu serviço chato e pára amenizar, todos nós do escritório, sempre tínhamos tempo para conversas aleatórias e divertidas.
Leila tinha uma irmã que trabalhava como telefonista no corpo de bombeiros próximo a onde estávamos, sua irmã, como estava sempre com um telefone grudado na orelha, ligava para Leila, e muitas das vezes eu atendia e acabei travando uma amizade telefônica, ela tinha uma voz fina e toda delicada, parecia uma boneca falando ao telefone, eu sempre brincava com ela e acabávamos rindo.
Surgiu vários convites, da parte dela, para um dia almoçarmos la no corpo de bombeiros, Leila e eu. Sempre me esquivava, pois achava estranho ir almoçar em um lugar que não era um restaurante e nem a casa de alguém, mas Leila sempre dizia, que era legal pois almoçaríamos no refeitório de lá e que ninguém se daria conta da gente.
Tantas foram as insistências, que um dia no nosso horário de almoço,  Leila e eu fomos almoçar com sua irmã no refeitório do corpo de bombeiros. Chegando lá fui conhecer a irmã, nossa, Leila era gordinha, eu gordo e digamos assim, sua irmã estava a 5 estágios acima de nós! Vê-la em frente a uma mesinha de 50cm de largura por 50cm de profundidade operando um PABX e ela tinha o volume 3 vezes maior do que essa tal mesa, me fez pensar que eu e Leila eramos Olivias Palitos. Mas estávamos lá para almoçar e não para um concurso de peso. A irmã de Leila simpática como sempre, prontamente nos apresentou a sua chefia e disse que estávamos lá para filar a boia, seu chefe, nos olhou e disse que estávamos com sorte, pois hoje a cozinheira tinha feito muita comida e havia caprichado muito. Senti uma pontada de ironia, mas ja estávamos molhados na chuva, era tarde pra procurar guarda-chuva e lá fomos nós para o imenso refeitório do corpo de bombeiros. Chegando no imenso refeitório do corpo de bombeiros e puta merda, o imenso refeitório do corpo de bombeiros era uma cozinha que cabia 4 mesinhas somente, entrei ja achando que tinha sido minha pior opção da semana,ainda não havia ninguém almoçando eramos os primeiros a chegar. Leila e a irmã acostumadas com o ambiente, pegaram  uma retroescavadeira e encheram o prato de comida, eu com toda a vergonha do mundo, peguei o minimo possível, sentamos numa das mesinhas que cabiam 4 pessoas e começamos a comer. Cada vez que chegava uma turma de bombeiros olhava pra nossa mesa de gente gorda, fazia  alguma piada do tipo:
-"Nossa! será que sobrou comida pra gente?"
As duas riam falavam bobeiras e nem ai pra galera, foram lá repetiram 23 vezes. Eu, mal conseguia comer aquele pouco de comida, estava numa crise de vergonha gigante, ficava imaginando: "Caray que vê essa mesa com 300 kgs de gente, claro que vai achar que a gente vai comer até o alumínio das panelas!"
Nunca mais fui lá! só voltei a ver esses bombeiros em ação quando 1 ano depois a fábrica pegou fogo!

Minha cara de homem das cavernas e Leila, a faturista
de rango

segunda-feira, 19 de setembro de 2011

Sem trem de aterrizagem, mas com muita jabuticaba


 'Ploquet Pluft Nhoque' (Jaboticaba)
[Ouça essa música, faz todo o sentido]

Em 1976 meus pais construíram a casa do sítio, então passamos a ir mais vezes, nessa mesma época, trocamos o caseiro e com essa troca, surgiu novos personagens, digamos, pitorescos no nosso cotidiano.
Um deles era um caseiro vizinho, chamado Adão, cujo qual, tenho quase certeza que, sua esposa chamava Eva, ou a gente chamava ela assim por não saber o nome da moça. Esse rapaz era praticamente um índio, sempre aparecia com umas iguarias estranhas para provarmos. Só cai na degustação na primeira vez, certo dia ele apareceu com um assado para provarmos e depois de todos terem comido ele nos disse que se tratava de um cachorro vinagre (este aqui). Nunca mais comi nada de origem animal que Adão trouxe, nem se Eva garantisse.
Um dia, Adão apareceu la no sitio e nos disse que tinha um sitio do outro lado da montanha que estava abarrotado de jabuticabas, eu e meu primo Roberto (vorazes tiranossauros) nem pensamos duas vezes, topamos ir. Adão mandou pegarmos uma saca vazia, isso mesmo uma saca, daquelas de milho pra ração animal, algo bem exagerado! Achamos isso o máximo, la fomos nós. 
Do outro lado da montanha significa: subir uma montanha SUBIR UMA MONTANHA, para 2 adolescentes gordinhos, nadadores, mas convenhamos, pouco dados a maratonistas, era um exercício do caramba, tinha que ter muita jabuticaba mesmo! Perguntei para o Adão qual é a distância, ele disse que era mais ou menos 10 kms, 5 de subida e 5 de descida. Eu olhei para o Roberto ja pensando em voltar mas ja tínhamos andado um bom pedaço e afinal ja feito boa parte da subida que era a pior parte. ( Idiotice da gente, pois na volta a descida vira subida e vice versa). Continuamos firmes e fortes e vermelhos. chegamos no topo da montanha, a visão é bonita, apesar das arvores não deixar ver muito alem nossa frente.
O besta aqui que vos escreve, ao ver a descida, resolve correr, pois depois de tanta subida, ver uma estrada de terra em descida, sai em disparada correndo. Só deu tempo para ouvir Adão gritar, cuidado, tropecei e voei, voei mesmo, pelo angulo que estava deu a impressão que estava voando, devo ter feito isso por uns bons 5 ou 6 metros, o problema foi minha aterrizagem, eu não tinha e ainda não tenho, trem de pouso, me esborrachei no chão de terra e pedras, esfolando cotovelos e joelhos e tudo mais que um avião sem rodas pode esfolar. O Roberto e o Adão riram só um pouco, mas prefiriram me acudir, afinal estávamos no meio do nada, somento com uma saca vazia para encher de jabuticabas e que nesse momento eu estava querendo que fosse muito mais muito, muito, muito mesmo para valer todo esse sacrifício. 
Finalmente chegamos ao tal sítio da jabuticaba sem fim, eu todo detonado arranhado, esfolado, rasgado, mas estava lá, cumprindo minha meta das jabuticabas.
O caseiro desse tal sitio nos recebeu na porta todo gentil, devia ser irmão do Adão (não dei nome por motivos de falta de fatos históricos pra isso), ele nos mostrou o caminho para as jabuticabas e la fomos nós nos embrenhando na mata fechada.
Logo encontrei um pele de cobra ( depois de Adão e Eva eu queria o que?) pelo tamanho da pele que a cobra descartou na troca fiquei imaginando o tamanho dela e tratei de sair de perto disso, foi quando o Adão me apontou em cima da árvore onde encontrei a dona da pele, descansando. Decididamente se fosse maça que me oferecessem eu não iria aceitar, estava muito éden pra minha cabeça!
Chegamos finalmente a tal arvore da vida, digo, de jabuticaba infinitas. Realmente, Adão tinha razão., eu nunca tinha visto uma jabuticabeira tão grande e tão carregada de jabuticabas gigantes.
O Roberto e o Adão subiram na arvore e me deixaram em baixo, pois com tantos ralados eu não conseguia subir. Eles pegavam as jabuticabas e eu em baixo selecionava, as grandes eu comia as menores eu colocava no saco. Agora mudou a cena, em vez do éden, estávamos no sitio do Pica-pau Amarelo Narizinho e Pedrinho na arvore e eu, Rabicó comendo as jabuticabas no chão!
Depois do saco cheio ( a saca, a pança e saco mesmo) resolvemos voltar. Depois de muitas horas chegamos no sitio todos cheios de orgulho com um saco cheio de jabuticaba. O Roberto queria mostrar pra mãe as jabuticabas gigantes que havia colhido, mas não soube explicar porque elas no pé pareciam maiores que ali no saco. Eu fiquei quieto fingindo dores, acima de qualquer suspeita!

Essa foto é de 74...
A foto da data esta com
minha mãe

Simulação do tombo feite pela alta tecnologia dos
computadores do "Era uma vez..."



domingo, 11 de setembro de 2011

Conversa de Lourdes e Mercedes

Lourdes- Hoje eu vou na festa de 80 anos de Valéria, vai ser num buffet!
Mercedes- Que legal! é a filha dela que esta pagando?
Lourdes- Não, ela não tem uma filha chamada Cida! só uma chamada Valdinira!
Mercedes- Cida? que Cida? Vai pagar a festa a Cida?
Lourdes- Tô falando que a Valeria não tem filha chamada Cida!
Mercedes- Quantas filhas tem a Valéria?
Lourdes, já brava- Você nem conhece direito a Valéria e esta dizendo que ela tem uma filha chamada Cida!
Mercedes- Eu? Você que disse que a Cida ia pagar a festa! eu nem sei quem é essa Cida!
Eu que estava tentando dormir, pois esse diálogo se passou as 6 da manhã, ouvi tudo e levantei pra tentar colocar a Cida, a Valéria e a Valdinira nos devidos lugares.
Expliquei para elas onde havia acontecido o erro, as duas não acreditaram muito, mas resolveram jogar carta.


Dona Mercedes e Dona Lourdes! minha tia e minha mãe!
Donas dos melhores dialogos da velhinha da praça é nossa

quarta-feira, 7 de setembro de 2011

Peripécias no clube

Em 1970 meu pai tornou se sócio de um clube de Campo "Clube Fiscal do Brasil" em Santa Isabel. Era (e é, descobri que ainda existe veja aqui) um clube muito legal, com muita mata e muitas piscinas.
Eu um pequenino garoto que pouco conhecia piscina ainda fiquei fascinado com toda aquele mundaréu de água e mato.
Minha família, tios, tios avós, avós, primos e toda a cambada íamos muito, fazíamos picnic, pois tinha áreas enormes para isso.
Pois bem da primeira vez que fui, não via a hora de entrar na piscina com escorregador, achava o máximo aquilo, via as crianças descendo daquilo com tanta alegria que claro que eu também tinha que fazer.  Tinha a piscina para as crianças pequenas que a água chegava no joelho, a piscina para crianças maiorzinhas que a água teria digamos um metro, era lá que estava o escorregador. Eu uma criança de 6 anos, um boto praticamente, um garoto que já havia frequentado todas as piscinas do planeta imaginação, achei que poderia descer de escorregador tranquilamente e descer de cabeça, claro, Eu era o máximo todo mundo descia sentado eu o garoto bambambã, sem falar nada pra ninguém (alias fazia isso demais, tomava a decisão e ia), subi no escorrega e fui de cabeça, como um míssil, como um paralelepípedo desgovernado, desci o escorregador e como um paralelepípedo desci ao fundo e não subia por nada. O Clube, fazendo jus ao nome, tinha um fiscal por perto e veio ao meu socorro ao ver que o garoto míssil paralelepípedo não chegava a tona. Claro, dona Lourdes que estava do outro lado da grade da piscina, estava aos gritos quando viu o fiscal com seu filho que jogava água pelas ventas e não veio afagar o filho, agradeceu o bom moço e quase que tira toda a  água dos meus pulmões no grito, tão meiga quando assustada, essa minha mãe!
Passou-se 2 semanas e o caso David/escorregador/piscina já tinha melhorado, e lá fomos nós de novo com toda a família fazer picnic e aproveitar o domingão. No carro o discurso de nada de entrar na piscina funda (1 metro) só na piscina rasinha  e tal. O tempo virou e nem precisou muitas recomendações pois nós crianças fomos proibidos de entrar na água, os adolescentes entraram, mas era bobagem a gente tentar argumentar, alias o que crianças tinham de argumento forte? Naquela época um não de adulto era lei e ponto, só que estamos falando de David, o garoto que só se ferra. Fui andar com os outros desbravar o clube, ja que molhar não podia, deparamos com um lugar que tinha um bambuzal e do lado tinha uns bezerrinhos separados da gente por uma cerca de arame farpado. Eu o moleque que já nasceu sabendo (por isso me ferrava) resolvi ir até onde estava os fofos bezerros, ao tentar pular a cerca de arame farpado escorreguei, cai, fui fisgado pela farpa do arame e fiquei pendurado bem no meio do tórax pelo arame, resultando num rasgo lindo digno de alguns pontos e um fim de domingo adiantado.
Voltei aparado pelos meus primos mais velhos e acabou a festa, levei mais umas broncas e fomos para São Paulo onde foram me consertar.
O Clube do Fiscal foi uma febre em casa por poucos anos, pois logo depois meu pai acabou comprando o sítio, alias, creio que o clube fomentou a ideia do sítio.

Essa é a foto da minha carteirinha do Clube

Essa foto é recente, mas a piscina deve ser a mesma
 e o escorregador esta no mesmo lugar que o antigo.
Não achei nenhuma foto antiga,
sei que existe na familia alguem que tem
mas por modernismo da época era tudo em slides.


Já até sei o que a Inaie irá dizer: Coitada da Dona Lourdes!


segunda-feira, 29 de agosto de 2011

Contos de terror da minha tia Carmen


Vou explicar direitinho, pra todo mundo entender.
Morávamos em São Paulo, mas passávamos quase todos os finais de semana no nosso sítio, eramos crianças e todas as paixões nos divertiam.
Na época do frio, isso logo no começo do sitio, a Tv era muito limitada a uma antena que mamente pegava um canal ou outro, agora vc imagina o que fazer com tantos pirralhos criativos dentro de uma casa.
Minha tia Carmen era a tia contadora de causos, há muito era limitada fisicamente por uma artrite reumatoide, que lhe tirou toda vivacidade física, mas que em hipótese nenhuma lhe tirou a sua mental e nem a de seu bom humor.
Quando anoitecia, minha tia juntava os fedelhos na varanda da casa, e todos com seus cobertores sentávamos no chão e ficávamos fascinados, ou melhor, horrorizados com as lendas urbanas que ela conseguia colocar dentro do universo de sua juventude. Sempre uns mais medrosos, outros nem tanto e outros como eu, espirrando muito, pois era (e sou) alérgico aqueles cobertores malditos.
Ela começa contando algo engraçado de alguma tia ou prima, que ia passear, em um tal parque Xangai (muito famoso na juventude delas) e fazia muito frio e quando menos esperávamos, ela já estava contando sobre uma tal moça linda que estava por lá com um vestido esvoaçante e que um rapaz se apaixonou por ela, dançaram a noite toda, depois ele foi leva-la para casa, ela era fria e ele preocupado, emprestou lhe o seu casaco, se despediram, ela lhe deu o endereço para que ele buscasse o casaco, quando foi ao endereço disseram que ela não morava mais lá, pois havia morrido fazia pouco tempo e assim por diante. Íamos ouvindo tão compenetrados que nem percebíamos a mudança de clima, quando dávamos conta, já estávamos todos em pânico.
Uma vez ela estava super empolgada contando um história, nem me lembro do que se tratava, mas nos concentrávamos muito em cada palavra que ela dizia, eis que minha tia viu uma estrela cadente e deu um berro apontando para o céu  para que todos a vissem, a tá... quase que morremos enfartados com o susto, teve prima minha chorando tamanho foi susto e minha tia em uma crise de riso, pois a intensão era mostrar simplesmente a tal estrela.
Hoje minha tia Carmen, continua por aqui com seus 78anos, sua artrite reumatoide numa escala de 0 a 100,  esta em 350, cheia de outros problemas de saúde, mas ela continua um bom humor e um riso no rosto que sempre me faz feliz em vê-la.
Ela dá risada mesmo das suas
limitações. [2009]

A gente se borrava, mas não perdia a chance de ouvir
os contos da cripta by Carmen

A historia teve ajuda da Solange, minha prima, que conseguiu lembrar de uma das histórinhas de terror e transcreveu a pra mim.

quarta-feira, 24 de agosto de 2011

Recordar: A Rifa

Recordando a primeira vez que escrevi uma historia da minha familia no "Era uma vez..."


A Rifa

A historia chega a aparecer até mentira, mas aconteceu mesmo.

O fato ocorreu no ano de 1973.

Estava meu tio num sábado depois do almoço, onde você esta fulo de ter trabalhado, em um botequim tomando algo que alegrasse seu dia. Chegou um senhor distinto, contando que era dono de um circo que estava encerrando as portas. Contou que teria que pagar as despesas com os funcionários e fornecedores e coisa e tal. Ofereceu ao meu tio uma rifa para ajuda-lo. Meu tio solícito e com uma certa pena da situação do homem, comprou a rifa, o prêmio? oras o que poderia ser o prêmio de um dono de circo? Um elefante... sim o elefante do circo. Meu tio não se preocupou muito com o fato, comprou e foi pra casa.

Na segunda feira, logo cedo, ligaram para o trabalho do meu tio, vejam só, meu tio foi o feliz sorteado e acabara de ganhar um elefante.... Pois é um grande, lindo e ensinado elefante. Claro que ganhar um elefante na cidade de São Paulo é uma coisa quase corriqueira, coisa de um em 100 milhões. Mas e ai, o que fazer com um grande, lindo e ensinado elefante? Meu tio com a vasta experiência em trato de animais ( note que minha tia nem cachorro deixava ter em casa), foi receber seu grande presente, onde deixa-lo? simples, na margem do rio Tamanduateí ( na época o rio ainda não era canalizado ) deixar o grande animal ficar lá pastando. A noite pensaria o que fazer com ele. Mas para sorte do meu tio e total infelicidade do elefante, o bicho comeu tanto mato contaminado de mercúrio, chumbo e outros metais que no final do dia estava morto.

Agora pense, o que fazer com um animal desse porte morto? por em saco de lixo e esperar o caminhão do lixo levar? e la vai meu tio o feliz proprietário do elefante grande, lindo, ensinado e morto, ligar para prefeitura para dar um fim descente ao animal. Teve que pagar uma fortuna ( hoje seria algo em torno de 2 ou 3 mil reais) para que viessem recolher o bicho. Resumindo este foi o prêmio no século, E o pessoal do Big brother se achando o máximo.

Agora cá com meus botões, hoje pensando nessa história, acredito que o dono do circo fez tudo isso de caso pensado, precisava se livrar do animal doente, contou uma história qualquer e um pobre ingênuo caiu e comprou uma rifa, provavelmente a única rifa vendida. Por falta de concorrência no jogo meu tio ganhou ou melhor dizendo... perdeu!



Moral da história, se beber não dirija e nem compre rifa de elefante!

segunda-feira, 22 de agosto de 2011

Recordar : o rugby

Quando eu comecei a escrever poucas pessoas me liam, então vou  reeditar algumas histórias esta semana.

Eu escrevi em junho de 2010:

Decifra me ou te devoro (O Rugby)

O inicio do manual de como se jogar Rugby, deve ter uma esfinge esperando para devora-lo, caso você não entenda como jogar.
Posso tentar resumir o jogo... visualize:
O cruzamento do futebol com luta de boxe, pronto, você já entendeu a primeira parte.
Depois imagine um jogo com 1ºtempo onde as pessoas lutam e jogam a bola ( que por ironia do destino a bola não é redonda) no 2 º tempo, eles continuam lutando e jogando o melão, digo, a bola, só que com a diferença que a maioria esta com hematomas ou sangrando, alguns com o ombro deslocado, mas que num sistema de self service de auto tração, eles colocam no lugar.
Ai tem o 3º tempo, isso... tem 3º tempo, onde eles não estão mais em campo.... todos estão em um boteco próximo ao campo bebendo cerveja, note que isso é regra do jogo, isso mesmo, esta nos estatutos dos jogos de rugby no mundo inteiro, onde o time da casa oferece cerveja e acepipes ao adversário. Isso faz com que os jogadores não tenham exatamente um corpo atlético.
Tem outras coisas estranhas no jogo, tipo o jogador corre pra frente mas joga a bola para trás para outro companheiro. Brincam de empurrar uns aos outros e a bola fica no meio ( nessa hora a bola me lembra um ovo de uma ave rara que tenta proteger seu futuro filhote).
Como é a pontuação? pode ser 5 ou 3 ou 2, isso é um dos maiores enigmas da Esfinge, existe uma variedade de pontos. A jogada que mais vale ponto, nem parece que foi ponto, a que vale menos, é a que parece que vale mais. Um nó apertado para leigos, mas um doce de leite para os fãs!
E pra quem joga... Rapazes o campo esta um mel!!!
-
*Cenas corriqueiras de um jogo


Isso é algo como cobrar uma lateral, a recepção é fantastica.
Erguem um dos jogadores pelo calção para pegar o grande ovo, esmigalhando os outros ovos.

O Scrum ( a brincadeira de empurra empurra onde as aves tentam proteger o ovo )

Detalhe, eles gostam de se machucar, algo masoquista que só quem joga entende

Se você se perguntou como eles se machucam, esta foto da pra entender

sexta-feira, 12 de agosto de 2011

Linda Blair de Cuba com Tequila

1998- Eu ia muito em uma balada perto de minha casa, era bom de ser perto, pois dava pra beber e voltar sem grandes problemas com teores alcoólicos altos.
Teve uma vez que havia me produzido todo (coisa rara, pois não sou muito fashionista) para a tal balada. Minha roupa era toda clarinha, calça clara, camisa clara e o sapato era clarinho tambem, hoje não usaria essa combinação, mas na época estava lindo!
Fomos pra balada e bebe-se daqui bebe-se de lá e quando eu bebia, com raríssimas exceções eu nunca ficava muito alterado.
Ja tinha tomado umas 4 doses de tequila, quando encontrei meu primo que estava com sua turma e meu primo, bebia beeem, beeem mesmo.  E quando bêbados se encontram nada melhor do que comemorar com bebida! Memé, meu primo, tinha um amigo, que eu conhecia, não lembro o nome mas o apelido era Fedô (hetero tem umas manias de apelidos desgraçados) e o convidei para o ritual da Tequila. O Fedô logo recusou, disse que estava tomando cuba-libre e que nunca tinha tomado tequila e não sabia se ia gostar. O besta aqui logo se prontificou de convida lo a uma rodada por minha conta. Claro que o Fedô não recusou cachaça grátis e la fomos nós para o balcão. Limão, sal, tequila na frente tudo bonito como manda o ritual de não sei da onde e la fomos nós, o sal e o limão tudo bem o Fedô não fez nada ai tomamos a tequila, eu engoli e olhei para o Fedo pra ver se ele estava vermelho, para minha surpresa o Fedô estava olhando pra mim com olhos arregalados. Temi por isso e lhe disse:
-Não Fedô, não.. respira pelo nariz...RESPIRA PELO NARIZ!
Não deu tempo, como Linda Blair vomitando na cara do padre em O Exorcista,  Fedô me vomitou em um jato, que foi desde o meu cavanhaque até o meus pés, toda minha roupa clarinha, linda e nova estava suja de cuba-libre fora minha barba.
Só dava eu gritando na pista:
-Puta que pariu eu bebo e não vomito!!! e olha como eu estou!!!
Fui correndo para o banheiro e tirei toda minha roupa e comecei a lavar na pia, quem entrava no banheiro via um sujeito só de cueca lavando calça e camisa.
Fedô me olhando e só pedia desculpas o tempo todo e o pessoal que entrava no banheiro nem imaginava o que poderia estar acontecendo.
Sai do banheiro com toda roupa molhada, mas limpinho e com uma certeza: Tequila pra mim, quem quiser tomar, que tome longe!

E eu nem exorcizei o rapaz!!


terça-feira, 2 de agosto de 2011

Balança capitalista

Quando mais novo, fui um neurótico absurdo quando fazia regime, no final do ano de 1996 fomos para o meu sitio passar as festas natalinas e eu estava no auge da minha magreza e levava isso muito a serio.
Tinha uma técnica estranha para matar meus desejos por comidas gordas, eu cozinhava muito, muito mesmo, fazia todas as guloseimas possíveis e imaginárias pra todo mundo, ou seja, cozinhando sempre você não tem a menor vontade de comer o que esta fazendo.
Já estávamos a uma semana no sitio e eu mantinha minha dieta intacta. Saímos para fazer compras no mercado para a ceia de natal, pois viria bastante gente. Ao sair do mercado passamos pela galeria de lojas que lá tinha, vi uma farmácia com uma balança toda futurista que alem de pesar dava sua altura e tirava a pressão, claro, desde que você colocasse uma ficha de X reais.
Resolvi subir na balança sem colocar a tal ficha, pois vi que sem a ficha ela só dava o peso. Maldita hora que fiz isso, quando subi na balança, meu peso era de 82kgs eu surtei, mas surtei lindamente, como só surta as pessoas de dieta anfetaminica. Comecei a gritar, mas gritava comigo mesmo, olhava pra Jane e dizia:
-Caralho eu passo fome todo dia, não como nada e engordei 4 quilos!!! não pode ser!
Todo mundo da farmácia olhava! e a Jane já conhecendo os surtos dietéticos do marido, só dizia:
-Por que você não coloca uma ficha na máquina e pesa direito?
Eu dentro da minha loucura, eu só pensava nos malditos 4 quilos a mais, não queria saber de nada. Entrei na farmácia e comprei 2 cartelas de Lactopurga, mal passei no caixa e engoli todos os comprimidos sem agua. A Jane com o troco, comprou uma ficha da balança e falou:
-Vai lá, se pesa agora com a ficha!
Meio que achando imbecil a idéia, fui me pesar. Estava pesando 76kgs, ou seja estava 2 quilos a menos do que deveria estar.
Alguém imagina como foi meu natal? como um rei e como eu só tomava líquidos me senti um pato que urina pela cloaca!
Maldita maquina capitalista!

Essa foto foi exatamente no Natal de 1996

Não, eu não tirei foto com a balança!
No mínimo que eu tentei fazer foi destruí la!

quinta-feira, 28 de julho de 2011

Compra pai, COMPRA!!

No inicio de 1997, trabalhávamos juntos,  eu, com 32 anos, minha sobrinha Janaina com 20 e meu irmão mais velho Joanes, com 45 anos. No escritório da fábrica de colchões era um tal de entra e sai de pseudo-amigos do meu irmão empurrando tranqueiras para ele comprar.
Em uma das vezes, estávamos eu e a Janaina empolgados em entender um programa que tínhamos conseguido para colocar no computador, nisso chega o Joanes com "amigo" dele e mais meu sobrinho mais novo, esse amigo, começou a se empolgar vendo toda a familia junta e quis vender de qualquer jeito um carro para o Joanes e veio com a seguinte deixa: - Por que você não compra o carro para o seu filho mais velho? e apontou para mim. Claro que eu não deixei a peteca do cara cair e logo entrei no jogo do moço e comecei a choramingar para o meu "pai/irmão" dizendo que eu queria o carro pois eu era o filho mais velho e merecia o carro, a Janaina tambem entrou na brincadeira e começou a brigar comigo dizendo que só eu ganhava as coisas legais e o Joaninho (meu sobrinho caçula) tambem começou a reclamar, parecia uma DR familiar. Meu irmão que estava odiando o fato do cara ter achado que o irmão dele era filho, amarrou o burro e disse que não compraria carro nenhum!
Ficamos nessa de compra aqui compra ali por meia hora até o tal "amigo" ir embora.
Passou-se uma semana e o fulano voltou ao escritório só que desta vez  eu estava sozinho, a primeira coisa que ele me perguntou:
- Cadê seu pai?
Eu resolvi ser mau, resolvi contar a verdade e chocar o cara e ver no que ia dar
-Meu pai? meu pai esta no cemitério, ele esta morto!
O homem, ficou branco! não sabia o que dizer, olhou pra mim meio que em pânico e me disse:
Quando foi isso?
David com seu espírito maligno, respondeu:
-Mês que vem fará 1 ano que ele morreu!
O "amigo" entrou em parafuso... adorei ver a cara de banana dele.
-Mas como? o Joanes não é seu pai?
-Sim o Joanes é meu pai, mas o Joanes que você esta falando e que você tentou vender um carro a semana passada, é meu irmão! Por isso você nunca iria conseguir vender aquele carro para ele. Você detonou com ele.
O cara não sabia o que falar e eu não fiquei com pena.
Não vou mentir, as vezes eu sou mau mesmo.
Vamos combinar que com sobrinhos dessa idade,
da pra passar facinho como irmão deles

sábado, 16 de julho de 2011

Alguem vem me limpaaaaaa!!

Lucas é meu sobrinho que apareceu, não nasceu da forma convencional dos outros, surgiu na família num processo de semi adoção, ou algo assim(visto que ele ainda tem a mãe biológica). Mas isso não o faz diferente dos outros, alias, as vezes tenho a impressão que ele é sangue da família, principalmente da casa de onde mora.
Lucas é filho do Cacique Ubirajara e da Elaine (tenho algumas historinhas deles, é só procurar), Lucas é um garoto mega aloprado faz as artes mais artísticas que existe, ficaria louco se fosse meu filho, mas como é meu sobrinho eu me divirto horrores.
Mas a melhor de todas aconteceu a uns 4 anos atrás quando Lucas estava com seus 4 anos, meu irmão minha cunhada e minha mãe, foram a uma grande loja de material de construção, aquelas que parecem um Shopping e que a gente se encanta com tanta coisa linda e perde horas só sonhando em destruir o piso de casa só pra adaptar aqueles que estamos vendo.
Em um dado momento, deu-se conta que ninguém estava com o Lucas, minha mãe achava que estava com a Elaine, a Elaine com o Bira e assim por diante, quando todos se reuniram, viram que o moleque tinha dado o chá de sumiço. Foi o desespero de todos, foi um tal de corre pra cá e pra lá e nada de acha-lo. Até que apareceu um senhor dizendo que tinha um menino fazendo cocô num vazo sanitário em exposição e gritando pra alguém limpa-lo. Minha mãe e o Bira foram para direção oposta ao que o senhor indicou, deixaram a Elaine passar o mico sozinha. Nada como chegar no local e ver umas 20 pessoas olhando para seu filho fazendo cocô numa privada de exposição e gritando pra limparem, a vergonha é tudo!!


quarta-feira, 13 de julho de 2011

Fotos do dia D

Depois das fotos ficcionais do post anterior, aqui vão fotos do dia do casório!
Como eu disse foi tudo simples, nada além de um tabelião, um monte de gente pagando os títulos que estavam indo para protesto, alguns reconhecendo firma e nós CASANDO!!
Mas fomos acomodados em uma sala especial, supimpona!! acho que foi criada para esse novo evento, ja que o Tabelionato, até pouco tempo atrás não fazia essas coisas... quem faz casamento é o cartório civil. (nunca vou entender bem essas burocracias de cartórios).

Não precisava de testemunhas, pois tem a tal da fé pública e coisa e tal, mas ai o escrevente perguntou se queria ter padrinhos, claro que todo mundo quis ser testemunha!
Agora é só esperar a geladeira, a TV, a maquina de lavar....

Antes, disfarçando nosso nervosismo,
pois o carro do escrevente quebrou
e deu uma atrasadinha 


Filha que virou madrinha

Nini madrinha ( parece coisa da Bela Adormecida)

Bruno, hahahah seu Rg esta rasgado,
 como riu Gargamel ( o escrivão) 

Marina Madrinha


Todos na pose e a Winnie de Kátia, a cega



No canto,Gargamel supervisionando 











Casamos no Mesquita, somos Muçulmanos
(corrigido por Inaie)
Mesquita 1º Tabelião de Notas e de Protesto de Letras e Títulos de Indaiatuba. EU SOU A NOTA, O CLARK O PROTESTO!!  quero nem saber!

quinta-feira, 7 de julho de 2011

Amanhã!

Amanhã!
Será um lindo dia
Da mais louca alegria
Que se possa imaginar
Amanhã!
Redobrada a força
Prá cima que não cessa
Há de vingar
Amanhã!
Mais nenhum mistério
Acima do ilusório
O astro rei vai brilhar
Amanhã!
A luminosidade
Alheia a qualquer vontade
Há de imperar!
Há de imperar!
Amanhã!
Está toda a esperança
Por menor que pareça
Existe e é prá vicejar
Amanhã!
Apesar de hoje
Será a estrada que surge
Prá se trilhar
Amanhã!
Mesmo que uns não queiram
Será de outros que esperam
Ver o dia raiar
Amanhã!
Ódios aplacados
Temores abrandados
Será pleno!

Comunicando ao povo... amanhã eu e o Clark estaremos nos unindo! Estaremos fazendo nossa União Estável.
Tudo muito simples, fácil sem a burocracia que pensávamos que teríamos. Nem testemunhas precisaremos (droga, não tem padrinhos para dar Geladeiras, Tvs e outras coisas legais).
Finalmente oficializaremos aquilo que a tanto tempo sentimos! Sei que muito dos nossos são a favor e alguns nem tanto, mas o que importa é que nós queremos e podemos fazer isso.



Tentamos ser tradicionais, provamos tudo, mas vamos casar com roupas simples mesmo!

sábado, 2 de julho de 2011

A semântica do Puta que pariu

Sempre estou as voltas com meu amigo Ruberval (nome totalmente fictício) contando aqui no blog. Não poderia deixar de contar sobre os vários significados que ele dá a frase Puta que Pariu.
Fora o sentido pejorativo da frase, Ruberval conseguiu criar algumas semânticas especiais para ela, as vezes em lugares totalmente inusitados e como posso dizer não convenientes, mas vamos aos casos ilustrativos para entender.

Certa feita alguns anos atrás a mulher do presidente da Câmara municipal adentrou em nossa sala e disse:
-Ruberval, você poderia tirar aquele carro para que eu possa sair com o meu?
-Puta que Pariu, já estou tirando, não se preocupe, estamos aqui para isso! - Disse Ruberval todo puxa-saco.
Nesse caso, Puta que pariu serviu como um Pois não!
 Outro caso; toca o telefone de nosso departamento:
- Senhor Ruberval, o senhor esqueceu seu celular em nossa agência. - disse a telefonista toda fofa.
-OO puta que pariu (sorridente) eu já estava nervoso preocupado com esse filho da puta! - veja que na cabeça dele ele foi educado e gentil.
Traduzindo a frase:
-OOOOO obrigado, eu já estava nervoso preocupado com esse celular!
Fico imaginando os olhos arregalados da telefonista gentil.
Mais uma?
O prefeito ( que ele insiste em achar que o homem é intimo porque estudou no mesmo grupo escolar que ele)
-Posso contar com seu voto, certo? disse o prefeito na época eleitoreira.
-Puta que pariu que eu voto!! e abraçou o prefeito!
Nesse Puta que pariu valeu como Claro.
Acho que o prefeito pensou que o abraço foi de tamanduá.

Não faço ideia o que quer dizer esse Puta que pariu
(Não é Ruberval, nem o senhor Amora.... roubei da Internet mesmo)

terça-feira, 21 de junho de 2011

Fim de semana ecológico

Neste fim de semana completei minhas atividades universitárias do semestre.
Fui a Cananéia, conhecer o manejo de uma fazenda de ostras, conhecer as reservas ecológicas e ver alguns desastres ecológicos.


 Cananéia não tem praia, nem agua totalmente salgada, é uma ilha de mar interno, ou seja ela é banhada com uma mistura de agua de rio (rio Ribeira) e por braços de mar, mas conhecida como agua salobra. Mas vale muito a pena, você vê golfinhos o tempo todo passeando por lá.


A ilha é toda cercada de mangues, o maior viveiro de cria de peixes no Atlântico Sul


O Mangue, nem te digo, pisar ai é o que há de nojento, vale a pena o que a gente vê, a natureza, os golfinhos e o principal do passeio, o viveiro de engorda das ostras. (tá! a sujeira até o joelho de lama negra e os mosquitos "porvorinha" que acabam com a nossas pernas).

As tais das ostras que comi de tudo quanto é jeito, mas tudo bem, para os puristas, mas ainda prefiro elas cozidas. Come-las no mangue, me senti comendo uma porção de maresia, algo como se eu tivesse comendo toda a Praia Grande no dia seguinte do Reveillon.

Aquelas caminhadas eternas, mas que terminam em lugares lindos? Isso, foi o que fizemos!




Mas nem tudo é lindo, no século 19, em Iguape, para facilitar o escoamento da produção de arroz, fizeram um pequeno valo de 2 metros de largura, encurtando o caminho entre o Rio Ribeira e o braço de mar, isso facilitaria o escoamento, ninguem imaginou que um pequeno valo transformaria-se no maior desastre ecológico do estado de São Paulo, esse pequeno valo, hoje em algumas partes chega a ter 300 metros de largura, fez com que o rio chegasse com maior intensidade no braço de mar e alterando a dosagem de agua doce na região e acabando com os peixes. O próprio porto que existia para receber a produção, secou, não conseguiu mais receber barcos de grande porte, hoje o porto é um grande gramado! Esse tal valo tem o nome de Valo Grande.


O nosso monitor mostrando o Valo Grande e no fim o braço de mar. ( pra chegarmos ai, fizemos uma caminhada absurdamente gigante)
Detalhes da Mata Atlântica na subida infinita
Aqui, outro desastre, mas esse não se pode culpar uma pessoa ou uma comunidade em si. Aqui o mar esta engolindo uma praia em uma velocidade alarmante (Iguape) Em 4 anos o mar avançou 1 quilômetro. Muita gente perdeu casas, muita gente que estava distante da praia. Assustador isso. Tudo porque o rio assoreou e despeja agua com menos força e acaba fazendo menos resistência contra o mar, com isso o mar deita e rola.
Essas arvores caíram no inicio no mes de junho
Ou seja esta tudo acontecendo muito rápido


Essa casa esta indo por água a baixo, literalmente
Eu e minha coordenadora de curso, Taís!
Eu, se não ninguem vai achar que eu estava
em tudo isso



Tá, hoje eu escrevi tudo tão sério, nem parece que "era uma vez..."  Mas tinha que mostrar isso, afinal eu fiz isso e eu gosto de compartilhar o que faço e o que eu vivo.