sexta-feira, 9 de agosto de 2013

Homenageado no dia dos pais

Neste fim de semana fui homenageado no jornal da associação dos funcionários públicos daqui da minha cidade.
Claro que sabia que seria homenageado, me enviaram umas perguntas eu achei complicado, perguntei se podia escrever o artigo. Deixei claro que se não estivesse bom, pelo menos estariam as informações necessárias para ser executado.
Me enviaram uma resposta dizendo que estava perfeito... e no fim ficou meio que eu mesmo me entrevistando num misto de "I'm more I" com modéstia as favas!
Ai esta o jornal e minha auto entrevista.
O texto do jornal:
“Apesar de ter sido pai muito jovem, sempre foi meus planos ter filho. Tanto que isso foi muito imediato ao meu casamento e meu filho mais velho nasceu quando eu tinha 10 meses de casado.
Quando soube que seria pai, ocorreu uma reviravolta na minha vida; algo como você deixar de ser o cara que não tem medo de viver a vida e que não teme o dia de amanhã para passar a pensar num futuro, planejar como você estará, pois você quer viver para ter a felicidade de acompanhar seu filho. Acho que isso deve se chamar responsabilidade.
Acompanhei cada passo da gravidez da minha mulher com tanta ansiedade, lia tudo que surgia, cada sintoma que ela tinha e procurava em revistas e livros especializados para saber o que era ou não era normal.
Toda a visita ao obstetra estava eu lá e fui ao curso de gestante. Enfim, só não tinha o filho na barriga!
Minha geração de pais foi pioneira em acompanhar as mães à sala de parto.
Assisti o parto num misto de emoção e medo e, junto com meu filho, chorei muito ao vê-lo nascer!
E isso não foi apenas com o primeiro filho. Quando soubemos que o Yan estava a caminho, a emoção foi a mesma; tínhamos o Kim tão novinho, mas era o que queríamos, eu não queria ter filhos com grande diferença de idade.
Nunca deixei de ir ao pediatra com eles. Quando veio a Winnie foi a mesma coisa. Muitos achavam-nos loucos, mas foi exatamente assim que eu imaginava minha família, e eles vieram como eu sonhei!
Não houve obstetra, não houve um parto, não houve pediatra, não houve reunião de pais que eu tenha deixado de ir!
Nunca fui ‘pai por obrigação’; sempre fui pai por muito prazer! E o prazer que eles me dão, eu busco sempre retribuir.
Mas houve um dia que o casamento não estava mais dando certo e achamos que, por bem de todos, iríamos nos separar. Contar para os meninos foi difícil. Adolescentes, a gente tinha medo de uma reação forte. Ledo engano! Meus filhos, claro, ficaram tristes; ninguém fica feliz com uma separação, mas foram tão fortes que nos deram todo o apoio necessário e até na decoração da minha nova casa, eles foram participar.
Anos depois, quando fui comunicar sobre meu novo relacionamento, achei que teria problemas e que não seria compreendido. Mas, mais uma vez, eles me deram um show e mostraram que amar está acima de qualquer coisa.
Aprendi muito com eles: se você ensina com amor e liberdade, você recebe o mesmo. Ser pai é aprender em dobro cada lição ensinada aos filhos, pelos próprios filhos! Acho que aprendi muito mais com eles do que eles comigo. Eles me ensinaram a ter uma razão para a vida.
E eu choro escrevendo essas frases... Sou um chorão!”


Foto de seriado

Na época que o Yan era porteño e fazia falta nas fotos.
Todos com seu cônjuges. (Marido e filhos postiços) 

Dona Lourdes e seus bambinos, Lauranne já fazendo seu debut!

Meu dia dos Pais é todos os dias, há mais de 26 anos vivencio essa felicidade, muito antes do Kim nascer já sentia esse prazer!