Estávamos no sitio, era dias de reveillon, estava a família toda por lá, já chamei meu primo Maurício meu eterno co-piloto e esperamos minha cunhada vir pro carro.
A desculpa era que tínhamos que descer pra cidade pra comprar um bujão de gás (ou botijão para os chatos), colocamos o bujão dentro do porta malas e fomos.
Minha cunhada foi conduzindo o carro até a porta do sitio e depois passou o volante para o experiente novato piloto de carro desligado David. Eu peguei o carro e já sai de primeira sem deixar morrer, mas veja, isso não quer dizer que eu sai bem, eu sai voando!
A estrada era de terra, cheia de curvas, pois era uma serrinha, no volante eu, que tinha "super controle" com o pé no acelerador e no breque, curvas em alta velocidade e freadas dignas de quebrar pescoço, ao meu lado Elaine, minha cunhada que tentava estar calma, no banco de trás Maurício, que ria aos cântaros, não sei se achava tudo engraçado ou estava histérico e mais atrás o bujão de gás no porta malas que batia por todos os lados fazendo um estrago danado no Corcel II Vinho do meu irmão. A cada curva ouvíamos estrondos do bujão, gargalhadas do Maurício, rezas da Elaine e eu? Eu era OOOO piloto feliz.
Depois de ter feito o carro morrer 3 vezes em uma ribanceira, minha cunhada viu a deixa de tomar as redias, digo o volante de volta e fomos comprar o tal bujão de gás.
Quando abrimos o porta mala tinhamos medo de que o carro estivesse com meio metro a mais de tanto que o bujão bateu, mas não, estava tudo no lugar , milagres de São Cristovão o padroeiro dos motoristas.
Voltei dirigindo, na subida o perigo poderia ser menor... bobagem, aconteceu tudo de novo! Só se ouvia o bujão batendo, o Mauricio gargalhando e a Elaine rezando.
Mas eu estava feliz!
A primeira pilotada a gente nunca esquece |
Isso era um Corcel II |