sábado, 29 de janeiro de 2011

Colocando em dia os selos

Hoje eu resolvi criar vergonha e deixar minha preguiça de lado e postar meus selinhos e premios que ganhei. Poxa se me deram de coração por que eu enrolei tanto?
Isso se chama preguiça de pensar nas repostas.
Minha mais antiga divida e promessa de postar feita umas 10 vezes, foi para
a Dani do Blog Moça de Familia.
O que toca meu coração?
Esse selo pede para que coloquemos uma música que esta tocando nosso coração agora, você tem que ser instantâneo, não pensar 2 vezes. É aquilo que vem de dentro. Minha escolha é esta:


É o seguinte; foi atravez de um blog de um amigo Blogayro que eu conheci minha nova paixão musical, Florence Welch e sua Banda Florence + The Machine, foi ver o clip para que David dissesse: - Gamei nessa Ruiva linda! Ouço o dia inteiro, baixei os clips no GPS do carro (detesto usar GPS então uso como Televisãozinha mesmo) e pra cima e pra baixo to olhando essa ruiva linda!

Pra este selo tenho que escolher 2 pessoas:
Edu do Pampublikong
Paulo do enfim! é o que tem pra hoje

Próximo selo:
Na verdade são 3 selos vindos da Kekel, 2 do blog As palavras que me definem e o outro do blog Kantinho da Kekel. Kekel tem um montão de blogs e consegue atualiza los sempre, acho isso um máximo ela consegue arrumar tempo pra tanta coisa!



Vamos as regras desses selos:
Tenho que em poucas linhas falar sobre minha pessoa. [fácil quando já falo demais de mim no blog].
Sou o David (dã!), Um cara que fala muito, as vezes muito demais, tenho valores que pra mim são importantes como família, não abro mão de encontros familiares, não gosto de perder vínculos, nem com família nem com amigos, prefiro engolir desafensas passadas por um bem comum futuro. Amo meus filhos, amo meu companheiro,  minha mãe, meus sobrinhos e minha casa. Queria ser magro, planejo para próxima encarnação, nascer em uma família de magros, cansei dessa maldita genética obesa. Adoro elogios, preciso disso para minha auto-estima. Chega!

Agora tenho que indicar alguém:

Tati minha mais antiga seguidora: Blog Phinérrima


E vamos as regras ...

1_ Repassar o selo a 15 blogs e avisar. ( é muita gente, vou passar pra 2 pessoas que assim é garantido que tenha retorno)
2_ Responder as perguntas:

Nome: David Ramos
Uma música: Balada de Gisberta (Maria Bethânia) [poderia colocar mil músicas de Bethânia, mas essa música atualmente me pegou de jeito]
Humor: Geralmente estou de bom Humor, quando não estou, não demonstro facilmente pra qualquer um. Mas tenho grandes explosões de pequena duração.
Uma cor: Vermelho e Roxo

Uma estação: Verão, sempre verão
Como prefere viajar: Estar viajando, já estou feliz demais, mas se estiver com o Clark melhor, se estiver com dinheiro, melhor ainda, se for pra fora, perfeito! Mas se tiver que ir só, com pouco dinheiro e na vizinhança me divertirei também.
Um seriado: No momento: Modern Family, True Blood
Frase ou palavra mais dita por você: Hmmmm, Caray!, Na escuta! [maldito nextel],

Quem vai receber esse selo:

Diego do Blog Reflections fron a Twisted MInd
Dani do blog Moça de Familia

Agora por último eu fui abençoado com um jogo

Quem me abençoou com esse jogo foi o Diego do Blog Reflections fron a Twisted MInd, conheço o Diego muito antes do Blog a gente já se conversava na época do Fotolog.




JOGO DOS TRÊS
Regras:

- Poste uma foto com 3 pessoas.

- Repasse para 3 pessoas.

- Comente no Blog de quem "abençoou" avisando.



Opá tem 4! não eu explico, tem 3... meus filhos o Clark e eu tirando a foto.
Contou? são 3

O1-Três palavras que melhor me definem:

- Simpático (sou mesmo!)
- Romântico
- Falador
2-Três pessoas importantes:

- Filhos
- Clark
- Mãe

3-Três objetos que você encontrará no meu quarto:

- Leão
- Feiticeira
- Guarda-roupas (por incrível que pareça tem isso no meu quarto)

4. Três coisas que não sei fazer :

- Prestar atenção em alguém que repete o assunto várias vezes numa conversa
- Dançar
- Não sei varrer direito nem passar o rodo... eu tenho que fazer 200 vezes pra dar certo!

5. Três coisas que faço bem:

- Falar
- Cozinhar
- Namorar

6. Três coisas que eu detesto:

- Indiferença
- Arrogância
- Falsidade

7. Três sentimentos:

- Amor
- Esperança
- Alegria

8. Três músicas:

- Pensar em Você ( Chico César )
- Um Indio ( Bethânia )
- Terra ( Caetano )

9. Três comidas:

- Pizza
- Comida japonesa
- Quibebe (refogado de abóbora )

10. Três bebidas:

- Coca zero
- Tônica zero.
- Aquarius Fresh ( abacaxi c/ hortelã )

11. Três amigos:

- Nini
- Os Brotos
- A turma do subsolo

12. Três cores:

- Vermelho
- Roxo
- Branco

13. Três fotos:

- Com o Clark
- Com minha familia
- De férias

14.Três lugares:

- San Francisco (USA). Meu retorno mais que esperado
- Minha futura casa linda e maravilhosa com minha horta a lá Jamie Oliver
- Paris

15. Três gestos:

- Carinho
- Sorriso
- Abraço

16.Três datas:

- 23/09/1987 - Nascimento do Kim (meu filhos mais velho)
- 28/02/1989 - Nascimento do Yan (meu filhos do meio)
- 29/04/1991 - Nascimento da Winnie (minha caçula)

17. Três coisas que eu nunca faria:

- Voltar, não sei retornar só ando para frente.
- Dar as costas aos meu filhos ou a minha mãe.
- Deixar de apoiar quem eu amo!

18. Três pessoas (grupos) que marcaram minha vida:

-Meus Pais
- A mãe dos meus filhos
- A pessoa que escolhi agora para viver o resto de minha vida ( se o Clark perguntar quem é, apanha )

19. Três filmes:

- Drácula de Bram Stoker
- A cor Púrpura
- A Malvada

20. Três coisas que vou fazer antes de morrer:

- Respirar
- Viajar muito
- Estar sempre feliz

21. Três coisas erradas que eu já fiz:

- Gastado dinheiro como se ele nunca fosse acabar
- Ter largado os estudos
- Não ter ouvido o meu pai
.
22. Três animais:

- Gato
- Tigre
- Lontra marinha

23. Três personagens:

- Havok
- Psylocke
- Mulher Maravilha


24. Três coisas que fazem meu dia feliz:

- Sexo ( pronto, falei!)
- Férias
- Passear a dois

25. Três coisas que me fazem chorar:

- Saudade.
- Lembranças
- Raiva

26. Três coisas que eu fiz nas ultimas 24h:

- Dormi.
- Escrevi esse post
- *censurado

27. Três abençoados:
 
Renato do Blog Rê confessions
Inaie do Blog Out and About
DO do Blog Ramsés Sec XXI
 
 
Enfim terminei....Só demorei 6 horas pra escrever tudo, esta certo que nesse interim mudei meu quarto de lugar, ajudei com a limpeza da casa, consertei a maquina de lavar e fiz café!
 
Antes de concluir estão faltando 2 selos que eu não consegui achar quem me mandou e eu ESQUECIIIII!!!!  por favor as pessoas que me enviaram os tais selos, refresquem minha memória que eu selarei os!!

terça-feira, 25 de janeiro de 2011

Decadence avec élégance

Entre o final de 2002 e o final de 2003, passamos os anos mais pesados em casa, foi uma época em que nenhum de nós conseguíamos arrumar emprego. Eu, pra tapar os rombos, vivia fazendo alguns bicos e minha (ex)esposa começou a trabalhar na biblioteca da escola em que meus filhos estudavam, para que eles tivessem bolsa de estudo e mantivessem a qualidade de ensino.
Tudo em casa era meio que racionado e planejado estrategicamente para dar até o final do mês, pra mim era desesperador, pois além de vir de uma família com mais possibilidades, estava em pânico, pois não queria que meus filhos vivenciassem uma situação daquelas.
Por volta de Julho de 2003, consegui um emprego que na verdade era meio bico meio emprego, trabalhava de quinta a domingo, não pagava la grande coisa, mas e era divertido. Fui trabalhar em um Clube de Pólo, (Indaiatuba é o maior centro de Pólo da América Latina) em uma lanchonete/restaurante. A dona do restaurante era uma mulher super super, era exigente, mas ao mesmo tempo era divertida e de bom coração.
Esse Clube de Pólo é o mais bam bam bam do pais e varias personalidades do High Society frequentavam. Sempre tinha ( e tem) grandes eventos. Uma das vezes, houve um mega evento, onde várias marcas patrocinavam quase tudo que se bebia e que se comia. Nosso serviço era simplesmente preparar as comidas que não vinham prontas, organizar garçons, bebidas e todos os detalhes que ninguém percebe quando tem, mas todo mundo reclama quando falta. Esse evento durava 2 dias, geralmente o sábado a noite e depois terminava com requintado churrasco de domingo.
Domingo a noite era a nossa vez de usufruir tudo que vinha de fora, ou seja, fazíamos churrasco de filet mignon, tomávamos moet chandon, cervejas que eu nem sei de onde eram.
A dona fechava o estoque conferindo o quanto era mercadoria proveniente dela e o quanto era mandado pelos fornecedores/patrocinadores. O que não era dela, ela simplesmente dividia com a gente, os funcionários. Levei para minha casa 8 peças de filet mignon, 10 dúzias de algo parecido com Smirnof Ice, só que de laranja e de maracujá, frutas importadas e vários tipos queijos.
Segunda feira de manhã era dia de café da manhã de hotel, antes de irem para as  escola, as crianças estavam bebendo suco de alguma fruta dos Andes misturada com alguma outra fruta da Malásia.
No almoço enquanto a mãe estava trabalhando na escola, eu fazia o almoço, era tudo muito chic todo mundo comendo arroz, feijão, batatas fritas, filet mignon ao molho de queijo suíço e todos bebendo Smirnof Ice, todos ficavam alegrinhos  e todos ajudavam no serviço de casa sem reclamar, com uma alegria que só durou o tempo que durou as garrafinhas.
Declaro que nenhum filho virou alcoólatra. Todos são adultos e responsáveis (responsáveis na medida do possivel, claro). Não recomendo esse método!!!

Sai do Clube Pólo no final de 2003 pois passei em um concurso público, onde estou até hoje.

Equipe da limpeza, 100% alegria



sábado, 22 de janeiro de 2011

O show de horrores da Avícola perto de casa

Quando eu era pequeno mesmo, tanto que não consigo definir bem o ano, algo como 1969 ou 1970.
Minha mãe tinha o costume de comprar galinha caipira matada na hora. Isso mesmo, ía-se a uma avícola e escolhia-se o animal que seria abatido.
Minha mãe me levava e pedia para eu escolher a galinha, da primeira vez, eu ingênuo achei que minha mãe estaria pedindo para eu escolher uma galinha que levaríamos para casa para termos como animal de estimação, escolhi a galinha mais linda que tinha no pedaço, ledo engano, Dona Lourdes satisfeita com a escolha, mandou passar a faca na coitada, eu fiquei horrorizado com o fato. Das outras vezes, minha mãe pedia para escolher, eu escolhia a galinha mais feia que tinha, minha mãe achava estranho, pois no começo eu tinha ido tão bem no papel de inquisitor, mas ela acabava escolhendo outra galinha.
Uma das vezes, alem de me levar,  minha prima Sandra que era mais velha, foi junto. Resolvemos ficar na parte da frente da granja para não ter que escolher a próxima vitima do galinhocídeo. Acho que foi uma das piores coisas que fizemos, ficamos bonitinhos sentados em frente ao balcão, quando surge uma das carrascas com um lindo coelho na mão e sem cerimônias a mulher com o cabo de um facão começa a dar cacetadas na cabeça do pobre coelho, eu e a Sandra ficamos paralisados com a cena, pois a mulher carrasca, nem esperou a morte do pobre coelho e começou a tirar a pele do bichinho, não conseguíamos nem desviar o rosto. Rapidamente o que sobrou do coelho estava dentro de um saquinho em cima do balcão. Para nós o bichinho continuava se mexendo, a Sandra ainda pois a mão por cima do saquinho plástico e claro que ainda estava quente. A gente gritava xingando a mulher malvada, minha mãe tentando por panos quentes, dizendo para a dona da granja qualquer coisa que soasse bonito da nossa parte.
Mas pensando agora, eu acho que o bichinho não se mexia mais, afinal ele ja não tinha mais nada dentro dele, acho que era o freezer do balcão que balançava tudo e nossa imaginação em climax de filme de terror ajudava a criar todo um mise-en-scène piorado.
Eu só sei que até hoje eu não como coelho... e tenho certeza que a Sandra também não come!

Por que a mãe da antiguidade acha que essas coisas são legais?
E a Avícola chamava-se Bom Parto.... uma diabólica irônia




quinta-feira, 20 de janeiro de 2011

Nascendo pra pilotar charretes

Em 1976, meu irmão Joanes aparece com a moda dos cavalos no sitio, a gente que era criança ficou alucinado. Andávamos de cavalo a torta e direita. Os cavalos não gostavam muito, afinal, ficavam a semana inteira no bem bom só comendo e dormindo; chegava o fim de semana, apareciam umas crianças alucinadas e queriam ficar o dia todo pra cima e pra baixo no lombo deles.
Certa vez resolvemos nós mesmos selar os cavalos, ao invés de pedir para o caseiro. Claro que não prestou, eu sempre via o caseiro apertando a sela no cavalo e achava uma judiação o quanto ele apertava o bicho. Pensava: -feladapouta de homem, faz isso porque não é sua barriga!
Foi minha vez de apertar a sela do cavalo, claro que eu fui super elegante com o animal, só dei uma apertadinha, algo que deixaria o cavalo totalmente confortável.
Sobe no cavalo meu primo Memé (o cupido do sitio, não lembra? veja aqui) que tinha na época seus 7 anos e por não conseguir fazer o cavalo correr, pede para seu irmão ficar estalando um chicote no ar, atrás dele, sem tocar no cavalo  (odiávamos bater nos animais). Com isso o cavalo começou a correr, meu primo correndo atrás e o Memé, um perfeito Jóquei, em cima do cavalo, só que lembre-se: a sela estava totalmente confortável para o cavalo, o que aconteceu?  A sela começou a girar no flanco do cavalo e o Memé a girar junto e seu irmão correndo atrás com o chicote. Memé girando e gritando e seu irmão correndo atrás, Memé começando a xingar todos os palavrões do mundo e seu irmão... opá... algo errado, olhou e viu o Memé de ponta cabeça em baixo na barriga do cavalo. O que fez? parou e começou a dar risadas, o que mais poderia fazer? Bastou parar com o chicote e o cavalo parou. O Memé furioso desceu do cavalo pra brigar com o irmão, o restante dos primos que viam a cena de longe morriam de tanto rir.
Passou se uns meses, o Joanes apareceu com mais outra novidade, um cavalo branco e uma charrete de 2 rodas. Era incrível, já estávamos cansados e com a bunda dolorida de andar a cavalo.
Peguei a tal da charrete com o corcel branco e levei minha prima para dar uma volta, ninguém havia nos ensinado o modos operantes de dirigir, eu achava que era simples. Fomos andar pelas novas estradinhas que haviam aberto pela região, passávamos rente a uma bela ribanceira, praticamente um pequeno precipicio, quando fui fazer o cavalo virar com a charrete, mal sabia eu, que o cavalo da ré para virar. O cavalo começou a andar para trás em direção a ribanceira, eu vendo a hora da charrete cair com a gente, o cavalo e tudo mais la para baixo, minha prima começou a gritar, eu dava tapa na bunda do cavalo e ele continuava dando ré. Em um ato de desespero, fiquei de joelhos na charrete e dei um baita puxão no rabo do cavalo, que alem de tentar dar um coice, resolveu ir pra frente em alta velocidade. Ligou o piloto automático e voltou para o estábulo com a charrete com nós dentro e carregando tudo pelo caminho.
Claro que aprendi depois a andar naquela bagaça.
A charrete e o cavalo eram exatamente assim, eu era criança como dá pra ver

Memé, o jóquei de pernas para o ar

terça-feira, 18 de janeiro de 2011

Quando menciono é porque eu penso em você

Quando escrevo no meu Blog sobre minha familia, em primeiro lugar escrevo ou melhor transcrevo minhas memórias do jeito que lembro e no meu ângulo de visão, em segundo lugar escrevo para prestar minha homenagem aos meus familiares que eu amo tanto, falar deles, pra mim, sempre foi algo gratificante e enriquecedor.
As coisas engraçadas que conto sempre, são coisas que aconteceram e são sempre vistas pela minha ótica, talvez a visão de quem eu esteja contando, seja um pouco diferente, pois nem sempre as impressões são as mesmas para cada um de nós.
Porque estou escrevendo isso?
Sábado passado, estava em um dos eventos que mais gosto de ir, uma festa familiar, uma festa da familia Barranco (sobrenome da familia da minha mãe). Uma festa onde me divirto horrores, onde vejo meus primos, onde aproveitamos para tirar sarro uns dos outros, ver meus tios e tias, pessoas que sempre estou contando aqui no Blog. Fico tão feliz em ver que a maioria tem lido meu Blog e tenho ficado feliz com os resultados.
A maioria eu disse, mas tive um episódio que me entristeceu tanto, que por pouco não me fez sair da festa.
Um tio meu que vou chama-lo de Mestre Yoda, se enfureceu em saber que seu nome e o nome de seus filhos estavam escrito em um "negocio" publico como essa tal da internet, ficou tão bravo que pensei que partiria para a ignorância, eu tentei contornar, mas como sou parecido com ele, comecei a entrar no clima, minha prima, sua filha que foi o alvo da discussão, tentou por todos as formas amenizar o problema com seu pai, mas irredutível, ele não quis saber. Discutimos bastante, mas ninguém na festa, percebeu, pois como ja disse em outros posts, a familia fala alto bagaray e tudo parecia uma pacata conversa.
Como tanto ele como eu, somos explosivos e logo depois sobram somente cinzas que se vão com o vento, estávamos no fim da festa conversando normalmente e brincando. Cada um com seu ponto de vista irredutível, mas nunca perdendo o nosso vinculo sanguíneo que tanto prezamos.

Eu lhe disse: cada vez que eu mencionasse Mestre Yoda, seria ele.
Mas ele nem lê o Blog. Sei lá porque ele me encheu o saco!
Minha tia, sua esposa me autorizou, mas hoje ela vai de Leia Organa

sábado, 15 de janeiro de 2011

O que fazer com o peru

No natal de 1978 meu pai resolveu fazer um novo forno a lenha no nosso sitio, como meu pai tinha uma fundição de lingotes de latão, trouxe tijolos refratários para fornos industriais para confeccionar.
Meu pai junto com meus tios iriam fazer por conta própria tal empreitada, meu pai que tinha experiência em fornos industriais, direcionou toda a obra. O forno "caipira" a lenha começou a ter formas definidas rápidamente e em questão de horas ja estava pronto.
No dia antes do Natal, mataríamos (menos eu, claro) o peru gigante que estava no galinheiro desde que compramos o sitio. Quem mataria? claro, o Joanes, meu irmão que tem sangue frio o suficiente para esse tipo de coisa.
Enquanto uma parte da familia perdia tempo com as peripécias da morte do peru, meu tio Paco ficou com a função de alimentar o forno com lenha e fogo. Meu tio começo a colocar fogo as 10 horas da manhã e colocava lenha e fogo e foi colocando lenha e mais lenha... quando deu 6 da tarde, dentro do forno os tijolos estavam incandescentes e amarelos, feito a estrada de tijolos amarelos do Mágico de Oz.
O peru que a esta altura ja estava morto, limpo, temperado e devidamente recheado com sei lá o que, esperava para ser o primeiro a inaugurar o forno "caipira" a lenha.
Quando deu o horário fora tirado toda a lenha do forno e colocado o peru, meus tios e meu pai estavam tão empolgados que só faltaram contratar uma banda pra tocar.
O peru entrou no forno e foi fechado a tampa, 10 minutos depois começou-ses a ouvir um barulho, feito um assovio de pressão, como se toda a agua do peru resolvesse sair ao mesmo tempo, todos acharam normal.
Passou se 10 minutos, alguem resolveu abrir a tampa do forno e olhar, para a surpresa de todos, haviamos cremado um peru, não sobrara nada alem de cinzas.
Realmente desviamos ter chamado uma banda para tocar a marcha fúnebre e fazer o serviço funerário, chamar a dona perua e seus filhos para a cremação do marido.Não sobrou absolutamente nada, a não ser a forma de alumínio semi derretida e as cinzas do pobre animal.
Estavam na fila do crematório um pernil, 2 frangos e algumas lasanha que preferimos mudar o destino deles assando no forno comum.
O forno so ficou com uma temperatura de forno caipira no dia seguinte, quando minha mãe assou as lasanha do almoço, ou seja 16 horas depois.
Como se pode ver, minha familia é exagerada até pra atear fogo!

O trauma foi tão grande que demorou 20 anos para usarmos novamente o forno
(1998)
Um belo assado de cinzas


 

quinta-feira, 13 de janeiro de 2011

Não beba em festas de estranhos

Em janeiro de 1998 fui ao aniversário de um amigo e lá conheci a família de sua namorada, eu como faço amizades em segundos, acabei me tornado amigo do seu sogro e de seu cunhado, acabei sendo convidado para o aniversário do cunhado do meu amigo que era na semana seguinte. Ou seja mal conhecia  o povo e já ia para uma festa na casa da família.
A festa era no salão de festa de um prédio luxuoso, o salão era extremamente chic e muito bem decorado. Fui com a minha então esposa na época e os meus três filhos que eram pequenos. Eu pra variar estava fazendo regime e aqueles regimes loucos que se tomava remédios a base de anfetaminas, funcionava que era uma beleza.
Lá encontrei todos os amigos e os meus novos amigos, Maurício, o sogro do meu amigo me ofereceu um whisky e eu embarquei no whisky sour e nada de comer, o David que já é porra loca sóbrio, o David quando começa a beber, começa a ficar moooooito mais porra loca e whisky+anfetamina o David vira Doido.... e David começa a perder as estribeiras... e David seca a garrafa de Whisky e David apaga. Apaga totalmente.
Eu acordei com o telefone tocando, era o dia seguinte e eu estava na minha cama. Olhei para os lados achei que algo estava errado, mas fui atender o telefone. Do outro lado da linha, Maurício o sogro do meu amigo:
-Quem fala? David? você esta bem?
Eu que me sentia com um vazia mental, respondi que estava bem. Maurício ficou todo feliz e tranquilo e já foi avisando a mulher que eu estava bem. Desliguei o telefone e voltei para o meu quarto com uma interrogação gigante, sem saber o que havia acontecido entre meu 3ºwhyski e o telefone tocando. Cheguei no quarto e comentei sobre o telefonema e que achei estranho a ligação e que não sabia o que havia acontecido. Minha esposa levantou se da cama feito Linda Blair no filme "O Exorcista" e com uma cara de fúria contida começou a contar as minhas peripécias.
Eu fiquei sabendo por ela que eu havia feito um show no videokê, não deixando ninguém cantar, que eu havia dançado com a avó do aniversariante e que o pior de tudo, eu e o aniversariante havíamos feito uma guerra de mousse de chocolate no salão chic e que o salão inteiro ficou sujo de chocolate. O teto ficou todo de chocolate e ninguém conseguia fazer nós 2 pararmos de fazer isso. Ela não parava de narrar o que acontecia eu olhava para ela e não lembrava de nada parecia que tudo era mentira.
Só vim acreditar totalmente na historia quando mais a tarde meu amigo veio em casa e mostrou a filmagem da festa.
Eu olhei para um David que não era eu e Linda Blair ficou satisfeita em me provar que estava contando a "verdade".
Passou-se um mes e fomos na formatura da namorada do meu amigo, claro que toda a familia estava lá, eu que ja estava escaldadissimo com as façanhas da festa anterior me comportei bonitinho. Teve tanta gente me cumprimentando, eu nem fazia idéia de quem era, mas todos sabiam exatamente quem eu era. Nunca mais bebi em festa de novos amigos.

Alias em em tempo: Beber nunca foi um habito comum em mim, são poucos as vezes que fiquei bêbado.

Hoje em dia não bebo por motivos médicos



Tive pena de quem teve que limpar o teto de chocolate





segunda-feira, 10 de janeiro de 2011

Primeiro dia na escola ou Um aliem na gaiola de micos

Em 1970 entrei no pré, isso, pré-primário, não faço ideia como se chama isso hoje.
Naquela época o mundo não era preto e branco como as pessoas vêem nas fotos, existia cor e as cores eram iguais as de agora, só que as maquinas fotográficas ou não tinham cor ou já saiam desbotadas.
Mas vamos a minha historinha.
Dona Lourdes me levou para a escola, primeiro dia de aula do David.
Fui colocado para dentro dos portões de um grande colégio de freiras, eu então na época estava com 5 anos e meio ( faria 6 no meio do ano), fui indagado por alguém, (não lembro ou nem sei quem, caray eu era pequeno pra caramba) pra que ano eu ia.
No meu raciocínio lógico de 5 anos disse 1º, ou qualquer coisa parecida com isso, pois eu estava aterrorizado com o fato de estar sozinho no meio de tanta gente estranha, afinal era a primeira vez que estava chegando na escola. Só sei que fui parar em uma classe onde haviam crianças muito mais velhas que eu (6 anos e meio) e fui ficando por lá, até que apareceu uma freira esbaforida procurando um aluno perdido do pré, claro que esse aluno era eu. Já estava feito meu primeiro mico, 1 hora de escola e eu já tinha ido parar em outra classe de um outro ano e tinha sido classificado como aluno desaparecido.
A irmã X me levou para minha classe, onde a minha professora Dona Sílvia me esperava ( que mané Tia Sílvia! naquela época a gente não tinha o habito e nem podia chamar a professora por outro nome que não fosse Dona ), fui colocado na primeira carteira encostada a porta. Todo mundo me olhava como um aliem e eu me sentia exatamente um aliem.
Chegou a hora do recreio, pelo menos naqueles primeiros dias, não podíamos sair da classe, ficávamos dentro da classe, a professora deu uma saída e eu o aliem, fui abrir minha lancheira e ploft! derrubei todo meu leite com achocolatado no chão! Meu botão de pânico ligou no modo máximo. Os outros alunos que também sofriam de pavor, acho que tínhamos medo de tudo, e olha que Dona Sílvia era uma moça de uns 18 anos e super fofa, mas na nossa cabeça ela podia tirar uma arma e matar nos. Ficaram na porta controlando a chegada da professora enquanto eu limpava o chão com minha bunda, isso mesmo, eu sentei no chão e comecei a limpar com minha bunda.
A professora chegou, claro que viu a poça de achocolatado mal limpa, bem na porta da sala, perguntou o que acontecera, todo mundo contou, mas ninguém contou com o intuito de me dedurar, mas sim com pânico de algo como: "não faça nada com ele, foi sem querer". Dona Sílvia, deve ter achado engraçado, eu limpar com a bunda, mas ficou na dela e pediu para que alguém da limpeza desse um jeito.
2horas e meia de aula e eu já tinha passado 2 fabulosos micos, eu seria um grande aluno na minha vida.
Mas não acabou.
Dona Sílvia deu um desenho mimeografado para colorirmos, lembro bem, pois, trauma a gente grava a ferro e fogo, era uma floresta que tinha um leão e um elefante. Falou para colorirmos e de novo saiu da sala ( pensando bem, Dona Sílvia gostava de passear fora da classe). Comecei a colorir meu desenho, acho que depois do que já passara, as meninas da minha classe resolveram prestar atenção no que o aliem fazia, ainda bem, porque este aliem que vos escreve, pra quem não sabe é daltônico e na época não fazia ideia do que seria daltônico, mas resolveu pintar o leão do que supostamente seria a cor de leão, Verde, pintei meu leão de verde e meu elefante de de Rosa, as meninas que estavam de plantão, viram e entraram em pânico, pegaram meu desenho e trocaram por outro sem pintar, que a professora deixara na mesa. Eu comecei a pintar de novo, ai pintei o leão de laranja, nem deu tempo de terminar, que as meninas tiraram de minha mão e me deram o desenho pintado. (resumo da opera, meu trauma de daltônico foi tão grande, que minha família só viera a saber que eu era daltônico quando eu tinha 28 anos e resolvi sair do armário das cores daltônicas). A professora chegou, nada percebeu pegou os desenhos pintados e acho que ficou aliviada ao ver que o pequeno aliem não fizera nada estranho.
Minha mãe veio me buscar e não sei como já estava sabendo das minhas peripécias e claro que minha bunda suja de Nescau era visível por toda a escola.



6 meses antes de virar um aliem escolar

6 meses depois, na segunda reunião de pais, dona Sílvia vem para minha mãe e diz: -Dona Lourdes, os Russos e os Americanos gastaram tanto com corrida espacial para ver quem chegaria primeiro na lua, o David chegou na lua muito tempo antes que todo mundo, ele vive no mundo da lua!!!
Não era uma fofa a dona Sílvia?


E todo mundo achando que foi Neil Armstrong!

                                                               

quinta-feira, 6 de janeiro de 2011

El pantano de frutilla

Setembro de 1983 fui para Buenos Aires com minha tia Clarice (a da história do meu primo azarado), minha prima Zuleika (a do bolo de araruta) e seu então na época namorado Cláudio. (que veio a ser seu marido e que veio a falecer a 40 dias a trás).
Na época, eu estava fazendo técnico em química e sempre tinha algo made in David nas minhas coisas. Resolvi levar de viagem uma embalagem de shampoo de morango, cujo qual, eu propositalmente havia exagerado na essência  de morango, exagerado demais, diga-se de passagem.
Apesar de que na época não era necessário se guardar líquidos nas malas como hoje o é, eu guardei meu shampoozinho na minha mala.
A viagem aparentemente transcorreu tudo bem, quer dizer para nós passageiros, mas para as pobres malas não acredito que tenha sido tão fácil.
Chegamos no hotel, um hotel super chic, se eu não me engano Hotel Colon era seu nome. Minha tia, guardiã dos bons costumes, nunca deixaria os namorados dormirem no mesmo quarto, então ficou em um quarto, o Claudio e eu e no outro minha tia e minha prima. Ao chegar no quarto, fui abrir minha mala e descobri que meu lindo e super essencial shampoo havia explodido dentro da mala, ou seja todas as minhas roupas estavam empregnadas de shampoo de morango. Minha tia solícita veio ao quarto e na pia do banheiro foi tentando tirar o shampoo sem molhar tanto as roupas, o ralo do banheiro começou a formar uma montanha de espuma com um forte cheiro de morango, alias meu quarto cheirava muito morango.
Depois de tirar o excesso de shampoo de minhas roupas, colocamos em cima do aquecedor, que contribuiu ainda mais para que meu quarto pestilentasse com o cheiro de morango. Saímos e fomos passear para conhecer a região onde estava o hotel.
A chegamos a noite e combinamos de descansar um pouco para irmos a alguma apresentação de tango, o Cláudio resolveu tomar banho de banheira e eu resolvi ir dormir. Fui acordado com o telefonema de minha prima que queria falar com o namorado, quando olhei para meu relógio, tinha dormido por mais de hora e o Cláudio continuava no seu banho de banheira. Fui chama-lo, quando chego perto do banheiro vi que todo o carpete do corredor estava alagado, alias alagado é pouco, pois cobria meus pés,  abri a porta do banheiro e me deparei com o Cláudio dormindo na banheira que transbordava aos cantaros. Deu pânico gritei com ele para ele desligar o troço, voltei ao telefone e avisei a Zuleika que era emergência e fui seguindo o alagamento.    A aguá saía do quarto e atingia todo o carpete do corredor do hotel e ía em direção ao elevador e que já estava escorrendo pela porta dele. Meu pânico era gigante, dentro do quarto o Cláudio dando um jeito de esvaziar a banheira, minha tia e minha prima chegando pra ver o que acontecia e a gente não sabia o que fazer. Só nos restou fingir que o defeito foi da banheira. Chamamos o gerente minha tia que era que dominava melhor o espanhol explicou o que acontecia, balançava os braços falava tudo meio que cantando um tango, o gerente olhava para aquele pântano de morango e não entendia de onde vinha toda aquela agua cheirosa. Pra evitar maiores problemas fomos transferidos de quarto. Nem sei como foi resolvido o problema pantanoso, já que era inverno e secar carpete nessa época, não era uma coisa muito fácil.
O Cláudio não esquentou muito a cabeça, ele sabia que tinha colocado um rolha feita de papel no ladrão da banheira para que ela se enchesse mais, mas deu uma de egípcia e não comentou nada.



Viajando nas idéias, claro!



Cláudio, Zuleika e eu, exatamente no dia do ocorrido

segunda-feira, 3 de janeiro de 2011

E depois das festas?

Desde que eu me lembro, sempre senti um vazio no pós festas. Aquela sensação de que todos os enfeites, presentes, fogos e aparatos perdem o sentido. Olhar enfeites no dia 2 de janeiro, me parece algo saudosista, algo que foi a muito tempo, que não pertence mais ao contexto.
O dia começa sem recordar de que é um ano novo de um novo tempo que começou... só lembro que tenho que maneirar na comida, alias sinto ainda um certo desconforto alimentar, como se eu fosse uma sucuri e ainda tivesse que digerir uma capivara velha de carne dura.
Tenho que ir trabalhar, não é ruim, afinal eu trabalho todo dia, mas chegar no serviço e começar a desejar feliz ano novo pra todo mundo.. como assim? feliz ano novo foi ontem.... hoje já é dia de trabalhar, que raio de enfeite é esse na minha mesa? deixa guardar, pra que ter uma avorezinha na minha mesa.
Certo meus gatos que destruíram nossa arvore de rolinhos, logo no dia 1ª a noite, bichos sábios!
Não pensem que eu estou revoltado com nada, todo ano é assim, é ressaca de festas, é essa maldita capivara que não dissolve no estômago. Ano que vem farei uma ceia só de alface!
Mas sou educadinho:


Feliz Janeiro de 2011 só faltam 355 dias para o próximo natal...vivaaaa!!


Indigestões de janeiro