sábado, 31 de julho de 2010

Queijadinha sem queijo, sem coco e de louco

Uma receita super facinha de se fazer, do tipo põe tudo e mexe... do jeito que a mulherada que trabalha comigo gosta.

Então vamos pro riscado:
Pegue 1kg de mandioca descascada ( tá bom, compra descascada no mercado pra facilitar sua vida sofrida, Tati) rale no ralador grosso ou se preferir, que é claro, que vai preferir, no processador com o disco grosso. Pronto essa foi a parte mais difícil da coisa.
Coloque tudo numa tigelona e mande ver 4 ovos inteiros uma lata de leite condensado, meia de leite, 2 colheres de margarina, meia xícara de farinha de trigo, 2 xícaras de açúcar, 1 colher de fermento, 1 colher de chá de baunilha e sóóó... mexe tudo com uma colher.... bem mexido... nada de bater ate virar qualquer coisa diferente.
Se baixar um espírito de tia Nastácia, faça como o Tio David, coloque em forminhas de empadinhas com aquelas forminhas de papel dentro é super facinho de assar e nem precisa untar. Se não baixar tia Nastácia, unte uma forma redonda de 25cm e mande bala.
Assar até dourar e voilá!! ta pronto....

Passando a receita a limpo:

1kg de mandioca descascada e ralada em ralo grosso
1 lata de leite condensado
1/2 lata de leite
4 ovos
1/2 xícara de chá de farinha de trigo
2 xícaras de chá de açúcar
2 colheres de sopa de margarina
1 colher de sopa de fermento em pó
1 colher de chá de baunilha ou cravo e canela moída ou casca de laranja ou ou ou seja criativo

Modos Operantis lááá em cima!

Variantes.....

Eu disse, lááá no título, que não vai queijo e nem coco.. deveras.
Se você perceber, da pra colocar um pacote(50gr) de queijo ralado e/ou um pacote de coco(50gr), sem alterar em nada a receita!

Dicas;
Se você optou por assar tudo em uma assadeira, logo que a queijadinha estiver pronta, derrube por cima uma calda . ( calda feita com uma xícara de açúcar e meia de agua em fogo por 5 minutos somente)
Fica tudo muito brilhante, fica bom e não da pra errar!


AH! rende 36 forminhas


As fotos são no estilo Espirito Tia Nastácia.... mas não se reprima ( tããão Menudo) faça na forma grande, se preferir


Nessas fotos minha opção foi por raspas de laranja, ja que aqui em casa coco não se pode nem pensar em entrar

Abre a foto em grande... modestia às fávas, elas ficaram lindas

sexta-feira, 30 de julho de 2010

Deusa dos Orixás

Clara Nunes, entrou na minha vida com uma fita cassete ( gente eu sou velhinho) que meu pai ganhou em um estojo com 10 fitas. A fita era "O Canto das 3 raças" eu era moleque novo, mas era delicioso ouvir Clara, adorava aquela coisa de samba com a religião afro.
E essa fita Cassete foi trilha sonora de nossa fase de criança em que passavamos as férias no sítio. Meus primos e eu resolviamos fazer peças teatrais e shows! Uma das vezes, minhas primas pegaram as roupas velhas de minha avó mais algumas camisetas velhas e se vestiram de mãe de santo e juntos criamos uma coreografia para música "Canto das 3 raças" fizemos todo o 'mis-en-scene', criamos iluminação com aquelas lanternas de pesca noturna, fizemos colares com coquinhos e flores, toda aquela criatividade de criança das antigas... Foi o sucesso da temporada e cada férias tinhamos temas novos.
Passou se os anos e Clara ficou guardada no meu coração sem muito ouvi-la mas sempre com muito carinho, até o fatídico incidente do seu choque anafilático onde acabou perdendo a vida. Isso fez com que aflorasse todo meu amor por ela novamente. Aprendi a conhecer melhor Clara, ver como Clara era doce, guerreira e vitoriosa. Até hoje, amo e admiro essa mulher incondicionalmente. Ela esta no panteão das minhas Deusas!
Uma das cantoras mais lindas da sua época


Minhas Deusas juntas, Clara e Bethânia.. que lindo!!

quinta-feira, 29 de julho de 2010

Malhar é preciso, viver não é preciso!


Resolvi revolucionar minha vida! Fui fazer inscrição em uma academia! Empolgadissimo (até quando não sei) fui comprar roupas para o projeto (sim, fútil) e fui ao médico ( precavido e cagão).
Tudo certo, parafernália e exame em dia, alias exame tem que ter um parênteses a parte.
Meu chefe o Presidente da Câmara, é Cardiologista e é claro que fui utilizar dos préstimos. Marcado o exame para as 7 da manhã (detesto essas manias madrugadoras) me botam em uma sala e me arrancam círculos de pêlos... fiquei um xuxuzinho. Ai aparece meu chefe, uma pessoa que me vê todos os dias de roupa social, agora me vê sem camisa e com "sarna" no peito. Subo na esteira cheio de eletrodos e mando ver minha potencia ergométrica. A maldita esteira tinha vontade própria... ou melhor, vontade do chefe e rapidinho sinto meus "zóios sartando". Acabou o exame,fui bem na prova e estava tudo bem. Sai com o exame e fui lendo. Primeiro a felicidade de ler que na tabela de fatores negativos eu esta excluídos do "obesidades". Pensei: esse homem quer que eu vote nele! Depois li:- exame interrompido por exaustão do paciente. -Caray! eu nem reclamei pra ele dos"Zoios sartando".... ai vem o pior: distancia percorrida: 222 metros. -PQP eu quase morri por causa de 222 metros?... Sai tão desanimado que achei que a academia seria minha câmara de tortura de livre arbitrio... Por falar em academia.. vamos voltando ao assunto.
Cheguei todo vestido bonitinho, totalmente perceptivel que era marinheiro de primeira viagem, mas tô nem ai! Os professores com toda boa vontade do mundo explicam o funcionamento da esteira ( agora eu vou dominar a dita cuja) e o medo de me esborrachar e fazer showzinho?
Agora alguem me diz o que é esses aparelhos multifuncionais? o que esse povo que faz academia de calça jeans fazendo exercicio? o que é essa maldita dor nos meus braços??? ontem nas pernas, antes de ontem na panturrilha??? Todo dia doi alguma coisa!!!!!!!
Mas após 4 dias de academia, eu ja me achando que posso não depender tanto do professor, quase morro em um aparelho mutifuncional, que era pra alterar a função frentre, pra costas e eu ficando do avesso achando que estava certo tentando pegar aquilo. Só dava a professora correndo pra assessorar o pateta.
Mas por incrivel que pareça e apesar das malditas dores 'The day after', eu to gostando bastante... não estou indo pra virar um 'Mister Universo', nem pra pegar os "brotinhos" do pedaço. Estou pensando que falta menos de 4 anos para chegar nos 50 e eu quero estar saudável. Tááá existe uma certa competição subliminar... ja que o Clark esta lá fazendo e eu não quero ficar por menos!!!


Meu exame ergométrico com o chefe

Minha realidade, mas ja to dominando essa coisa




Minha meta pra próxima encarnação!! nunca mais irei nascer em uma familia de gordos!!!

terça-feira, 27 de julho de 2010

La ra ri, la ra rá! ou, Os Rouxinóis de casa

Aos domingos a tarde era uma tradição das minhas tias se reunirem na casa dos meus avós para jogarem carta.
Era diversão certa, íamos todos os primos, não que morássemos a mais de 300 metros da casa dos meus avós,mas sempre era bom ter motivos de estarmos juntos e quando sobrava uma vaguinha, jogávamos também!
Quando o quorum era pequeno jogava-se Buraco, mas quando passava de 4 pessoas, que era o normal, jogava-se um jogo, que estranhamente era só conhecido na minha família, o nome é Olêpe ( ou Olépe dependendo de que parente pronunciava) uma espécie de Pocker espanhol, mas enfim era divertidíssimo!
Meu avô caprichosamente cortara fichas miúdas de borracha que usávamos para apostas e os valores eram exorbitantes algo como 1 centavo de hoje, mais para dar valor as borrachas do que pra enriquecer algum feliz ganhador.
O maior problema de tudo não era as fichas, não era as crianças e nem alguém roubando o jogo, o problema era o coral de rouxinóis repentista! Gente só vendo, ou melhor, só ouvindo para acreditar... cada vez que alguém proferia uma palavra e essa palavra lembrasse algum trecho de música, como por encanto, minhas tias ao mesmo tempo, como se tivessem ensaiado a semana toda, começavam a cantar, e as vezes era uma musica atrás da outra, meu avô que usava um óculos fundo de garrafa que deixava os olhos pequeninos, arregalava os olhos enjetados como se fosse explodir e já proferia uma meia dúzia de bons palavrões espanhóis. Mesmo nós perdíamos a paciência com tanta cantoria. E elas se empolgavam, as vezes levantavam e começavam até a dançar, tenho certeza que quando a minha prima Patrícia ( a da cachaça do Pé de valsa) ler isso vai falar: é minha mãe que fazia isso!!!
Interessante que muita das músicas cantadas por esses rouxinóis familiares, me vem na cabeça sempre, guardo isso como uma memória musical de um tempo tão divertido, onde tinha meus avós e tios por perto. Cheiros e músicas são gatilhos de nossas memórias boas ou até mesmo ruins.


Minhas tias,tios, minha mãe, eu e a Zuleika ( a da Araruta filha da tia )
muitos anos depois das tardes de cantoria
 
Meus avós... Meu avô com suas duas tvs de 29 polegadas como óculos
 e minha ávó sortuda que desligava o aparelho de surdez e não ouvia a cantoria.



segunda-feira, 26 de julho de 2010

Memória em Jingles

Eu não sei se tem muita gente assim, mas eu tenho uma certa fixação por jingles, principalmente jingles da minha infância. Me deparo cantando algum, sempre que alguém fala uma frase que me remete a ele.
A um tempo atrás fui a casa de um amigo do meu filho e passamos a noite toda cantando musiquinhas de comerciais ou então de abertura de programas. O divertido que lembravamos muitos em comuns e outros relembrávamos um ao outro.

Pérolas aéreas como: "Estrela Brasileira no céu azul, iluminando de norte a sul..." ou "...A Vasp abre suas asas com ternura. Para você ganhar altura! Viajar! Voar!"

Dos Grande Magazines: " Mappim venha correndo ao Mappim até meia noite Mappim é a liquidação..." . "...Abriu as portas do Credi Mesbla. Na Mesbla você começa pagar em abril, abriu..."

Dos doces: "Juquinha quando esta chupando bala, não fala, não fala nem da bola nem da bala, Juquinha..." ou "Roda, roda, roda baleiro, atenção, quando o baleiro parar, ponha a mão! pegue a bala mais gostosa do planeta não deixe que a sorte se intrometa, bala de leite Kids a melhor bala que há...", " Eu tambem prefiro Lanche Mirabel, sempre fresquinho delicioso, é nutritivo lanche Mirabel...", "Groselha vitaminada Milani, é uma delicia, no leite, no recheio e no lanche..." , "Tiro o leite da vaquinha pego os ovos da galinha, essa mistura bem feitinha vejam só o que é que dá, California!!! Bolo Califórnia Pullman..." "Rocambole, bóle, bóle, bóle, é gostoso é delicioso, rocambole bóle, bóle a novidade que chegou..."

Da higiene: "Apanhe o sabonete pegue uma canção e vou cantando sorridente, duchas Coronas um banho de alegria num mundo de agua quente". "O gosto da vitória Kolynos..ahhhh!" "Chegou o corre corre na cozinha pra ver torneiras quentes corona patroaaaa"

Das lojas no natal: " É natal é natal, na vila Prudente... na Tecelagem Vânia você vai encontrar a moda em tecido...." "...Nas Casas Pernambucanas... Que em todos os lares a paz seja total… E mais os nossos votos de um feliz Natal.” Do Banco Nacional ( as pessoas conhecem a música e nem sabe que era do banco) "Quero ver você não chorar, não olhar pra trás, nem se arrepender do que faz..."

Dos Refrigerantes adoooro!: "Eu não vejo a hora de te encontrar te ver mais uma vez, saborear meia muzarella, meia aliche ou calabresa, romana, quatro queijos, Marguerita e portuguesa. Como é bom te ver você chegou na hora H. Adoro pizza com guaraná.” . "Pipoca na panela começa a arrebentar, pipoca com sal, que sede que dá
pipoca e guaraná que programa legal, só eu e você e sem piruá. Eu quero ver pipoca pular, pular. Sou louca por pipoca e guaraná!", "Coca cola é isso ai, não tem sabor como esse ai, é demais, refresca muito, mais e mais, pra gente logo repartir... é isso ai... coca-cola é isso ai!"


Dos programas Infantis: "Não existe nada mais antigo do que cowboy que da cem tiros de uma vez..." , "Todo dia é dia, toda hora é hora de saber que esse mundo é seu, se você for amigo e companheiro..." .

Poderia ficar com um post gigante falando de todos os jingles da minha infância.. mas nem eu tenho paciencia de ler algo longo!

sexta-feira, 23 de julho de 2010

Pé de Valsa

Desde criança sempre tive problemas sérios em dançar acompanhando o ritmo de alguém. Dançar só fazendo o que der na telha. Ai, é fácil.
No meu inicio de adolescência no 'fervor' da era Disco era muito comum irmos em discotecas e aquele povo dançando todos juntos fazendo rebolados, levantando o bracinho e virando a perninha. Eu era uma desgraça, vira pro lado errado, levantava o braço quando as pessoas mexiam a perninha e mexia e pernona(nunca fui pequenininho) quando estavam apontando o dedinho a lá John Travolta, para o teto.
Passou se o tempo e eu me conformei com minha dislexia dançante.
Chegou a época do Axé music, estava magrinho e conseguia absorver a coreografia boba que as bandas tinham.. mas detalhe, se eu começasse a dançar e as pessoas começassem a me copiar... danou-se... eu me dava um nó e perdia tudo.
Desisti totalmente disso. não nasci pra dançar.
A 3 anos atrás, minha prima Patrícia resolveu me convidar para irmos a um clube de Salsa e Merengue ( Buena Vista Club ). Disse muitissimo bem de lá, falou que iríamos nos divertir dançando com todo mundo (eu dançando com todo mundo, certo...sei).
Para não contraria la e sacando que eu iria me dar muitissimo mal... liguei para o Omar um amigo meu, que toparia qualquer loucura do género. Claro não deu outra, ele topou. Sai da casa do Omar e passamos na da Patrícia, achei estranho que ela estava com uma bolsa enorme, mas enfim cada louco com sua mania. Lá fomos nós para o Buena Vista. O lugar era lindo, mas de imediato me assustou, vi uma porção de casais dançando na pista feito "Dança dos Famosos" e pensei: Vixi! eu mi Phody! Mas o Omar e a Patrícia ja entraram delirando no clima... -aaaahhh vocês precisam ver tem um professor que ensina todo mundo a dançar salsa, todo mundo da passinho junto. - Gritou a Patricia entusiasmadíssima.
Vou dizer que nessa hora pensei em fingir um desmaio e acabar com minha agonia. Mas sentamos na mesa. A Patrícia logo pediu uma cachaça, o Omar acompanhou a ousadia da garota, pediu também e eu uma coca Zero (tá, sou viadinho que não bebe alcool e nem coca açucarada! e dai?) E os dois lá no copinho da cachaça... -Vamos la dançar David! Eu vi que era uma musiquinha mais lentinha e pensei que era melhor hora pra fazer minha pequena participação dançante! Lá vai os 3... não sei bem como iríamos dançar de 3, visto que todos os "dançarinos famosos" estavam em casais. Arrisquei 2 passos... errei 10 e passei a lady Botafogo pra Mister Baryshnikov e fui sentar... e la ficaram os 2 dançando tudo errado, mais nem ai com a torcida ou os jurados (tenho certeza que pelo empenho dos casais, deveria ter uns jurados camuflados nas mesas).
Os 2 voltaram pra mesa animados... e dále cachaça que não acabava nunca no copinho, foi quando eu reparei que a bolsa grande da Patrícia tinha uma garrafa de pinga que ela trouxe de casa ( prima modelo econômico com amigo modelo vai atrás) e discretamente ela completava o copo deles.. e eu na minha coquinha zerinho, rezando pra que nenhum garçom visse a gáfe dos 2.
Chega a grande e magnifica hora do tiozinho ensinar a todos a dançarem juntinhos. Olhei pro tiozinho, ou melhor, vamos dizer que era um tiozão, pesava 7 arrobas tranquilamente. Todo mundo, como por um encanto do flautista de Hamelin, vão para a pista copiar as acrobacias do tiozão 7 arrobas. Eu fui? claro, eu fui... se o tio era maior que eu e conseguia, por que não tentar?
Como eu sou besta.. minha esperança de ser um bailarino salsa e merengue demorou 6 segundos até eu bater de encontro com minha prima Ana Botafogo de frente! fui pra mesa, fiquei admirando meus bailarinos prediletos... virei um dos jurados imaginários e dei nota 10 pra Mr.Barish e Mrs.Bota.

Eu e Patrícia num momento Bailarinos do Municipal 


quarta-feira, 21 de julho de 2010

Erros acústicos dos meus parentes

Sabe aquele lance de alguém empregar um termo e esse termo esta errado? O som fica parecido mas o resultado é cômico.
Pois então, minhas tias são as rainhas desse tipo de situação, a personagem Magda do 'Sai de Baixo' apareceu muito depois delas.
Se eu consultar meus primos para lembrar as pérolas das mães, dará para escrever um livro.

Alguns exemplos:
Ir ao Mc'Donalds e pedir
-Por favor, me vê um Quarentão com queijo..
Ou então em um desabafo dizer
-...Falou isso, falou aquilo, falou o diabo aquático! ( a quatro)
Ou soltar um proverbio ( que ficou meio que japonês)
-Vamos separar o Shoyo do trigo.
Voltando do Oftalmo:
-Ele deletou minha vista

As melhores pérolas vem de uma tia só:

-Meu vizinho esta em estado de goma.
-Ela esta com câncer no paquera (pâncreas)
-Meu marido foi renovar a carteira de motorista e teve que fazer exame psicodélico (fico pensando como deve ser legal ver todas aquelas cores)
-Tem cabimento minha filha estar aprendendo organismo romano na 2ªsérie? ( ou ela esta em uma aula de anatomia estudando o fígado de Júlio César ou ela esta aprendendo algarismo romano, mesmo).

Ou até uma falta de adaptação ao estrangeirismo:
-Nossa essa loja Delivery tem em todo lugar, será franquia? (tente pronunciar Delivery como se escreve, Delivéri).
-Ela tem doença de Dove ( calma, não é alergia ao sabonete, é síndrome de Down).

Essas coisas fazem com que a gente de muitas risadas sempre que nos reunimos em familia.


As fadas da Bela Adormecida foram inspiradas nas caras de minhas tias




-Kim, liga o helicóptero! ( minha mãe apontando para o ventilador de teto)

terça-feira, 20 de julho de 2010

Araruta filha da tia!

Araruta foi a responsável pelo meu interesse por Blogs, foi por pesquisa-la que eu conheci o blog 'Come-se' da Neide Rigo. aqui sobre a Araruta.
Vamos a mais um pouco de historia familiar antiga.
Todo ano íamos visitar uma tia avó no dia do seu aniversário. Ela tinha a tradição de nos receber com um bolo de araruta, um bolo simples, mas que combina otimamente com um café.
Minha prima Zuleika gostava muito desse bolo e resolveu pedir a receita para nossa tia avó. Minha tia muito simples, mas muito precisa nas medidas, passou a receita de como fazia.
A Zuleika que sempre foi uma glória na cozinha, cozinha um ovo que é uma beleza. Foi no mercado comprar os ingredientes, minha tia disse que ia um pacote de araruta (note que araruta nos anos 70 ainda se encontrava nos mercados normais).
Chegando em casa, baixou o espírito da Ofélia nela, e la vai pra cozinha, seguiu a receita certinha, na hora achou que a massa crua havia ficado um pouco dura, mas enfim, o bolo da minha tia-avó dava certo.
Detalhe: a receita ia um pacote de 1/2 kg e a Zuleika usou de 1 kg.
Resultado: ficávamos olhando para o bolo assar e o troço parecia lava vulcânica borbulhando. Quando ficou pronto o bolo tinha uma superfície lunar com crateras gigantes e montanhas, uma beleza. O mais engraçado foi depois que ele esfriou, a gente pegava o bolo na ponta ele dobrava sem quebrar e se pegasse de um lado e puxasse do outro ele esticava... a Zuleika tinha acabado de inventar um tipo de prótese de silicone doméstica.
Descoberto as falhas a Zuleika foi repetir a receita.
Ela era uma estudante de física e era ótima em matemática e eu na 5ªsérie, tinha ido estudar na sua casa.
Estava estudando na cozinha e a vi a fazendo o bolo, colocando no forno e olhando para sua obra, toda feliz. O bolo começou a crescer lindo tudo tão certo, eis que ela olha pra mim e fala... -acho que agora eu acertei!! virei pra ela e disse: -Você pois açúcar? Ela arregalou os olhos e saiu correndo para o forno.. tirou o bolo e começou a salpicar açúcar por cima. Ou seja mais um pacote de araruta pro lixo!

Só pra ilustrar e matar a curiosidade sobre a tal araruta:

Com uma certa cara de mandioca

Note que esse pacote é de 400g... ja ia dar problemas também!


domingo, 18 de julho de 2010

Planejando um piquenique

O Blog Come-se da Neide Rigo, anda me aflorando a ideia de fazer um piquenique... e aqui perto de casa, tem o Parque das Frutas a exatos 2 quarteirões. O lugar é lindo e como o próprio nome diz... esta cheio de pés de frutas, lagos e pontezinhas.
Estou caçando ideias de guloseimas para levar. Acho que durante esta semana irei testando e falando do que vou levar. Mas preciso urgente de uma cesta de vime e uma toalha xadrez, gente não dá pra fazer piquenique sem isso.

Essa história de piquenique me remete a minha tenra infância...
Uma das vezes, fomos ao mangue de Santos, queria saber quem teve essa ideia de girico, não é fácil quando você tem um irmão mais velho que desde adolescente gosta de pescar e carrega todo mundo para uma excursão dessas.
Isso foi a por volta de 1970 ou 71... fomos todos para o mangue, meu pai, minha mãe, meus irmãos e uns primos da minha mãe com seus filhos. Todos estavam entretidos com a pescaria e eu, eu? olha pra minha cara, vê se um moleque de 6 anos vai gostar de pescar, eu fiquei brincando com amigos imaginários, no meio daquela areia meio lama. Fui fuçar a cesta de piquenique da prima da minha mãe, encontrei um misterioso pote de margarina Doriana, uma mega novidade, tinha acabado de ser lançado (gente a TV ainda era em branco e preto, tá?). Peguei o pote e la fui eu para areia marrom brincar com a novidade.
Misturei todo o pote com a areia e fui amassando pra dar uma liga. Eu brincando com isso e todo mundo pescando, achei que tinha que colocar mais coisas, peguei uma lata de Nescau (ou era Toddy?) e fui misturando e com o próprio pote da margarina fui moldando meu castelo, marrom, brilhante e acho que doce, mas não provei, arteiro mas não louco!
Quando o povo foi almoçar, a dona da cesta toda orgulhosa foi pegar o famoso e novidoso pote de Doriana, mas cade? Minha mãe que sabia o filho que tinha já gritou meu nome pra ver onde eu estava. Ai aparece o David todo feliz todo engordurado, amarronzado sem saber o que me esperava. Minha mãe, tadinha trincou de vergonha. E todo mundo acabou comendo pão de forma com banana e com um belo copo de leite sem nada.
Detalhe minha mãe não havia levado uma cesta, pois uma semana antes eu botei fogo nela.
Até hoje os filhos dessa prima me relembram a história, como se tivesse sido um crime.

Voltando ao inicio do post...aqui algumas fotos do Parque das Frutas em Indaiatuba.







Nem fui eu que tirei as fotos, essas são do flickr do S@YO

quinta-feira, 15 de julho de 2010

Quando sua memória é uma vaga lembrança



Nunca fui um primor para lembrar coisas. O engraçado que meu cérebro é meio que numérico, guardo datas, fones, placas, numeros de documentos... tudo ligado a dígitos. Mas quando o assunto é memória recente. Sou o mais puro e genuíno representante da raça Dory (Procurando Nemo).
Ultimamente bato todo dia meus recordes. Filme estou assistindo hoje, amanhã lembro do nome do filme e quem trabalha, mas já começo a esquecer do que se trata, no 2º dias, já não consigo lembrar quem trabalha, 3º dia, já não lembro nem o nome do filme, 4º dia, juro de pé junto que nunca assisti o filme, mesmo que você de um resumo do filme.
O pior que isso ta acontecendo muito frequente, até com livros. Aqui em casa eu e o Clark, estamos lendo o mesmo livro, estou 100 paginas na frente dele, as vezes ele comenta algo engraçado do livro, eu nem faço ideia do que ele ta falando, finjo até que lembro, mas lhufas, nada me vem na cabeça. Revista em quadrinhos nem quero comentar, já que as historias saem por partes, todo mês, e todo mês sou obrigado a reler a revista anterior, tendo impressão que nunca li antes.

No quesito Banco, ja aconteceram coisas absurdas. Tipo ir ao banco de carro, voltar a pé, depois procurar o carro na rua, não ve-lo, ligar para policia avisando sobre o roubo do dito cujo, por a mão no bolso encontrar o comprovante de estacionamento e ter que sorrir amarelo para a policia dizendo que foi esquecimento.
Outra pérola bancária, é eu assinar o cheque com uma caneta nova, a gerente achar a caneta linda e eu dar de presente a ela, 5 minutos depois de dar, ver a caneta na mão dela e dizer: -Nossa Elenice, eu tenho uma caneta igual a essa!
Outra recente, foi um serviço que me pediram. Ir ao banco Banespa, depois do expediente e entregar um documento a uma tal de Cidinha. Questionei minha chefe sobre o banco estar fechado, ela disse pra não me preocupar, pois a tal Cidinha já estava me esperando. E la vai o David.
Cheguei ao banco Banespa e fui barrado pelo segurança, claro! Ele me perguntou o que queria. Disse todo educado: -Vim entregar um documento para a Cidinha! o guarda me olhou com cara de "X" e disse: Não tem Cidinha nenhuma aqui! e eu, começando a perder minha classe e achando que estava com cobertura de chocolate de razão, disse: -Meu amigo, trabalho a 5 anos na Câmara Municipal e vejo todo dia essa Cidinha, lá buscando documentos.Vai se informar antes de me amolar! O guarda foi meio que contra gosto, afinal, ele que trabalhava no banco, ele que sabia quem tem nome de Cidinha ou não. Voltou com um sorriso de perversidade na cara e disse: Meu amigo, como eu te disse, NÃO TEM CIDINHA AQUI! eu já dando de Maria, a Louca, enchi os pulmões e disse:- Vou ligar para o Presidente da Câmara Municipal para dizer que você não quer deixar eu entrar... Peguei meu celular e comecei a falar com minha chefe, nisso, sai do banco duas funcionarias com lindos uniformes da Nossa Caixa... olhei para elas com olhar de paisagem e comecei a conversar com meu celular desligado fingindo falar com minha chefe.
Olhei para o guarda, (acha que eu iria dizer a ele que errei de banco? Nunca!! jamais!!) e disse, que minha chefe iria tomar providências e que eu voltaria mais tarde pra resolver isso.
Sai de la e fui para o Banespa, onde a Cidinha me esperava aflita com minha demora!

Poderia ficar horas aqui contando minhas peripécias de falta de memória... se eu as lembrasse!!

quarta-feira, 14 de julho de 2010

As aventuras e desventuras de pais desencanados

Filho dá trabalho? sim, dá muito trabalho.... Pais sofrem com filhos? sim! pais sofrem.
Filhos sofrem com inexperiência dos pais? sofrem ooooo se sofrem... e pra quem esta de fora... as vezes chega a ser divertido.

Quando eu tinha meus filhos pequenos, virose era uma maldição, dava pra um, meia hora depois os 3 estavam no ponto!
O Kim, o mais velho, suas viroses eram mais ligada aos vómitos. Já o Yan, tadinho era o menino dor de barriga... por nada ja se dissolvia... a Winnie, a caçula, sempre foi o meio termo dos extremos dos irmãos.
Certa vez, baixou o fantasma virótico em casa, e la vai os pais super hiper preocupados levarem os filhos para o médico.
Medico viu, constatou o que era, deu o diagnóstico e mandou todos para casa.. casa? maaagina.. o Shopping era do lado... acha?
E la vai os Pais passearem com a prole debilitada no Shopping.. virose? já tinham ido ao médico. estavão praticamente 'curados'
Para ajudar com a prole virótico, sempre levavamos minha sobrinha Mariane, que teria na época uns 15 anos. ( a mesma sobrinha que fugiu comigo, na hora as gafes de minha mãe)
Entramos no shopping e fomos direto para a praça de alimentação... Pedidos comes e bebes e la estava uma família toda típica e feliz degustando sua comida...
Eis que de repente a Winnie começa a tossir, e pimba! vomita em cima da mesa... O Kim que era um mestre em ter nojo de vomito, acompanha a caçula e lava o chão do lado dele... no mesmo minuto o Yan começa aquele chorinho de que algo de errado esta acontecendo... olhei pra ele em pânico, conhecia bem esse choro e não deu outra, la estava o garoto vazando até pelas pernas, note que vazava muito e ja tinha uma poça do lado oposto da do Kim.
Bateu o pânico geral na gente.... a mãe e minha sobrinha pegaram os 3 e levaram correndo ao banheiro, eu fui tentar manter a normalidade da mesa peguei as bandejas das lanchonetes e fui levar no Obrigado ( o cesto de lixo dos shoppings, tem escrito na frente da portinha a palavra obrigado). Meu pânico era tanto que coloquei tudo de qualquer jeito em cima... e poft! caiu tudo no chão fazendo 'O' barulho e 'A' sujeira.
Voltei pra mesa, onde ja estavam 2 solícitas faxineira com rodos gigantes limpando o estrago, passei por elas para pegar as bolsas, e ao passar por cima do rodo da moça, o rodo prende entre minhas pernas, fazendo com que o rodo vire violentamente para o lado derrubando a pobre da moça. Ajudei-a a levantar-se e tentei fugir o mais de pressa possível da cena. (para quem assistiu, deve ter sido hilário...
Tinha a missão de comprar roupas para os 3, visto que todos tinham destruido o visual fofo da familia feliz!
Mas agora eu pergunto.. como 2 antas genitoras acham que podem passear com filhos viróticos no Shopping? Minha sobrinha? coitada, essa já passou poucas e boas com os primos caçulas!

Hoje estão todos grandes, e duvido que lembrem dessas coisas. Na foto, eles com a avó

segunda-feira, 12 de julho de 2010

Nhoques com tendencias árabes

Ontem, eu tive uma horinha pra pensar, criar e executar algo diferente, gosto de inventar e misturar sabores, acho que carrego meu lado químico em algum lugar esquecido.
Testei um Nhoque de Beringela com molho de tomate, abobrinha e tahine e outro com molho de casca de beringela, coalhada e tahine
Do que se trata? bem alguém me falou em algum dia e algum lugar sobre nhoque de beringela. Claro que, se eu não lembro quem disse ou da situação.. eu não lembro da receita. Mas fiquei pensando de que jeito seria coerente fazer, visto que nhoques são complicados quando os ingredientes tem muita agua ( você acaba pondo muita farinha e perdendo o gosto).
Vamos as experiências:
Coloquei duas beringelas no micro-ondas para que cozinhassem.
Tirei a polpa com uma colher e reservei a casca. Depois deixei a polpa mais um tempo no micro-ondas para reduzir a agua. Bati a polpa no liquidificador, deu um certo trabalho, pois ficou um pure consistente, acrescentei um tiquinho de pimenta síria (ela deixa uma lembrança de canela), sal e fui adicionando a farinha. Não quis deixar em ponto de nhoque normal, deixei a massa mole, queria a menor quantidade de farinha possível para que a beringela se sobressaísse.
Peguei duas colheres de chá pra ficar modelando a massa e jogando direto na panela com agua fervente ( acho que se usasse colheres de café, o resultado ficaria melhor).
Quando eles cozinham, sobem boiando na agua e é só tirar com uma escumadeira.
Os molhos, apesar dos ingredientes, são simples para valorizar a massa.
Numa panela eu piquei uma cebola grande com 2 dentes de alho coloquei com uma abobrinha cortada grosseiramente, temperei com pimenta do reino e sal. Acrescentei molho de tomate, o meu confesso, usei um pronto(pura preguiça). Por ultimo 1 colher de tahine. (aquela pasta árabe de gergelim ).
Um 2ºmolho é totalmente diferente e interessante de se provar.
Lembra que eu disse pra reservar a casca da beringela? pois então vamos lá:
Pique a casca da beringela em fatias muitíssimo finas, use uma boa faca de corte.
Em uma panela, refogue com um fio de azeite, uma cebola bem grande e bem picada, um dente de alho e a casca da beringela. Coloque 1 colher de tahine e um copo de coalhada ( eu usei ela entre fresca e seca), desligue o fogo, acerte o sal e uma pitada de pimenta síria.
Feito!
Dois jeitos de comer um nhoque com tendencia árabe. Note que é uma receita vegetariana, o primeiro molho é totalmente vegano.
Perdi a foto com o molho de coalhada, não faço a menor ideia onde foi parar! Mais uma divida... da proxima vez tiro foto dele.

sábado, 10 de julho de 2010

Um santuario ou uma penitenciaria?

Dia desses, estive no Zoo de São Paulo, creio que o maior do pais.
Não me senti muito bem em ver os animais que lá estavam, tirando as aves do grande lago, que tem a opção de ir e vir, os outros animais me pareceram tristes.
A gente se empolga em ver os bichos e não se apercebe a carga de estresse que damos a eles, primeiro aquela multidão de gente gritando e berrando, depois os animais também sofrem com as novas tecnologias... Tipo a Câmera digital, sim, a câmera... pense, o fulano tira a foto, não gosta e tira mais umas 35 fotos, já que não irá pagar a revelação delas, com os disparos da máquina vem os disparos dos flashs. Ou seja o bichinho esta lá no cantinho dele, todo encurralado e vem uma orda de seres humanos quase selvagens com aquele troço na mão que pisca fortemente. Tem também os ruídos dos aviões que passam incessantemente na região devido a proximidade com o aeroporto de Congonhas. Mas o pior de tudo mesmo é o desleixo que o público tem perante os animais e o parque. As pessoas simplesmente jogam lixo dentro dos viveiros, apesar de todas as recomendações dos locais.
Ai eu pensei... tá, os animais aqui tem mais chances de serem estudados e com isso ser aplicado alguns benefícios a eles quando na natureza, mas em contra partida, tem o lance de deixar um animal fora do seu habitat, exposto a tudo e todos.
Acredito que os animais são alimentados corretamente, visto que você não encontra nenhum deles desnutridos e nem com excesso de peso.

Tem a parte engraçada disso... aquela em que você ouve os "Zoólogos" de plantão ensinando ao cônjuge ou ao filho sobre algo de um determinado animal.
Estava eu em frente a jaula do Sussuarana (puma ou leão da montanha), quando um garotinho pergunta pra mãe: -Mãe que bicho é esse? a mãe, que não é uma profunda conhecedora da fauna, olha para a placa escrita 'Sussuarana' e responde para o filho: -É uma sucuri meu filho!
Na jaula ao lado tem um dos felinos mais lindos que é o Leopardo nas neves, grande e peludo. O bicho que não esta habituado com o calor, visto que ele é das Neves(dã!) estava dormindo todo estranho, com uma perna pra cima, ai vem um garoto de uns 10 anos e pergunta para a mãe: -Isso é um bicho preguiça ou uma avestruz? Ou então onde duas moças especializadas em antropologia ao verem uma pequena plantação de bambu comentam: Os bambus são venerados no Japão, agora eles inventaram uma moda de arte milenar que cultuam bambus..... (Inventar arte milenar - SHOW, Cultuar Bambu... FANTÁSTICO)

Mas voltando ao problema, acho que o Zoológico poderia continuar a existir, mas teria que ser uma coisa mais voltada para pesquisa e menos para o turismo. Visitas controladas e coordenadas para estudantes e a proibição de câmeras fotográficas com flash.


Tá! eu tirei fotos... mas prometi que nunca mais iria ao Zoo por turismo!


Essa tabuleta me deixou horrorizado mas acho que só a mim, pois o povo continuava a jogar lixo.


Sussuarana no seu momento Sucuri


Leopardo nas neves em pose de Bicho preguiça ou avestruz


Flamingos Vermelhos - totalmente carnavalescos


Por parecerem tão humanos, senti pena da cara triste deles


Uma das estrelas do zoológicos.... visivelmente irritado com tanta gritaria da galera

sexta-feira, 9 de julho de 2010

Meu primo, o azarado

Gosto de relembrar histórias velhas, além de me fazerem bem, faz com que eu ria das coisas da época.
Isso aconteceu em 1978, estava com 14 anos, nesse ano, meu tio Antonio e minha tia Cida foram para a Europa e deixaram meus primos, todos pivetinhos, com as minhas tias, irmãs da minha mãe.
Era o auge da discoteca, e claro que nós, os pivetes, fizemos uma discoteca na minha casa. Passavamos o dia na tal discoteca, planejando o que fazer ou o que não fazer ( e sempre não faziamos patavinas).
Éramos todos sócios do Clube Juventus, um clube que estava a um 'ônibus' de casa.
Tive a fabulosa ideia de todos nós irmos para lá, aproveitar a piscina e tal. Ligamos para minha tia Clarice, que era que estava com a responsabilidade dos meus primos, mas ela tinha ido até o mercado e deixamos o recado com a sua secretária.
Enquanto esperavamos a reposta da minha tia, ficamos lá, ouvindo música, dando risada. Eis que aparecem minhas tias Clarice ( a responsável pelos pivetes) e minha tia Lúcia, mãe do meu primo Lincoln, que tinha a mesma idade que eu. Minhas tias vieram ensandecidas gritando e nós nem faziamos ideia o por que... Meu primo Lincoln levou uns tabefes bravos da mãe... e todos nós com a maior cara de interrogação. Quando tomei as rédeas da conversa, minha tia Clarice que era e é expert em telefonemas... começou contando, ou melhor gritando ( só pra constar, minhas tias tem um poder vocal comparável ao de minha mãe) que ligou para minha casa e disse poucas e boas dizendo que não íamos e que não era pra inventar ideias e blá blá. Ela contou que a única resposta que teve do telefone, foi um VAI TOMAR NO C*. Ela pensou na hora.. É o Lincoln, ele tem boca suja. Ela não perdeu tempo passou na casa da minha tia Lúcia e as duas foram la esbofetear o garoto de boca suja. Depois de ouvirmos isso... cai na risada, pois minha tia, era óbvio, ligou para um numero errado qualquer... e o fulano do outro lado, que não sabia de nada, mandou ela para aquele lugar! E de graça o Lincoln levou lenha!!
Mas o mais engraçado de tudo, é que era a segunda vez, naquele dia, que ele apanhava por engano.... De manhã na casa dele, minha tia Lúcia estava reclamando com ele de algo que ele deixara de fazer, minha tia tem um outro filho, que na época era pequeno, chamado Emerson e que todos chamavam no de Memé. No meio dos resmungos dela com o Lincoln, o Memé começa a chorar e o Lincoln vendo o que acontecia com o irmão, disse para minha tia... VAI COM O MEMÉ! pra que? minha tia achou que ele havia mandando ela comer merda!!! E la vai bofete no garoto.
Resumindo... todos demos muita risada com a cena... claro, menos o Lincoln boca suja e azarado pra caramba!

Detalhe.... O Lincoln é filho do meu tio da rifa do elefante .


Agora imagine minha tia gritando assim. usando um telefone assim

quinta-feira, 8 de julho de 2010

Colores, Colores

O Mercado Municipal da Cantareira.
O mercado foi construído entre 1928 e 1933 pelo arquiteto Francisco de Paula Ramos de Azevedo. Entre colunas de concreto estilizados e vitrais que mostram os aspectos da produção paulistana da época, existe uma gama de colorido lindo que encanta a todos que por lá aparece. Muitos são os atrativos gastronômicos do lugar, entre frutas exóticas, temperos raros, peixes, carnes, vinhos, queijos e os famosos quitutes como Sanduiche de Mortadela e o pastel de bacalhau.
Toda vez que po$$o, passeio pelos corredores me deliciando com os cheiros e com as cores. Gosto de ir para guarnecer meus estoques de temperos, existem bancas maravilhosas. Nunca deixo de comprar Anis Estrelado em pó, que pra mim é fundamental em qualquer prato que eu faço com abóbora. Lá também eu encontro uma calabresa mega picante e curada, exclusiva do lugar. As frutas são um capitulo a parte, eu que sou doido por frutas exóticas e excêntricas e provo tudo que posso mesmo! por que os preços são VQP (vale quanto pesa)! Comprar queijo também é outra fascínio, dou glorias aos céus por não ter intolerância a lactose!
Mas é claro que não deixo de comer o pastel de bacalhau ou o sanduiche de mortadela, já viu um gordo esquecer disso?




O prédio é imponente, pena que a localização, deixa muito a desejar


Os vitrais são lindos e combinam com o colorido ambiente


Amo essas bancas de saquinhos pentudaros de temperos


A calabresa maravilhosa, essa, eu servi no meu aniversário, sem fazer nada alem de cortar em fatias


As cores e os sabores exoticos, porem caras


Um mar de queijos para onde você olhar


Um pequenino sanduiche que vai 250 gramas de mortadela, um exagero delicioso!

terça-feira, 6 de julho de 2010

Minha mãe e suas gafes


Minha mãe é uma sumidade pra dar foras ou fazer comentários em lugares inapropriados.
Quando saímos com ela, ja ficamos espertos, caso ela comece a falar algo gafento, a gente sai de perto e finge que esta vendo uma vitrine ou uma gondola de mercado.
Mas as vezes ela tem seus rompantes em lugares que não conseguimos fugir.
Uma das vezes estávamos, eu e ela no elevador do prédio onde morávamos, entrou 2 senhoras panamenhas, uma delas moradora do prédio há 2 anos e a outra, com certeza alguma parenta que estava de visita. Agora pense, que idioma as 2 estavam conversando? em espanhol claro, afinal a parenta não morava no Brasil e nem tinha obrigação de saber nossa língua pátria. Elas entraram animadas com a conversa, quando minha mãe olha pra mim e diz: - Como elas são idiotas, elas acham que a gente não entende o que elas estão dizendo. Pra mim foi uma frase não esperada eu entrei em pânico, a nossa vizinha importada olhou pra minha mãe, tipo, será que eu entendi? E não dando por satisfeita minha mãe continuou a falar comigo sobre isso, dizendo que a gente era descendente de espanhóis e entendíamos... mas detalhe, minha mãe estava falando pra mim, ela nem pensou que a panamenha entendia o português tão bem quanto ela, o seu idioma. Como eu fingia que estava olhando pro sapato, minha mãe me cutucou pra ver se eu estava prestando atenção..... Quando as 2 senhoras desceram do elevador.... eu quase tive um troço e minha mãe tranquila com a consciência limpa achando que era uma observação só minha e dela, como se a gente falasse Javanês.
Uma outra historinha, foi mais fácil. Estavamos saindo do Shopping Center Norte, minha mãe, minha sobrinha e eu, quando nos deparamos com 3 pessoas anãs. Quando minha mãe viu, exclamou alto e claro... NOSSA COMO TEM GENTE ANÃ NESSE SHOPPING! e olhou para os lados pra ver se tinhamos ouvido ( como se aquela voz de Monserrat Cabalet fosse um sussurro) e claro, tinhamos sumido do lado dela e fingiamos estar olhando para uma vitrine da farmácia, interessadíssimos em remedios homeopáticos.
Mas tirando essas gafes, minha mãe é um doce de pessoa, se preocupa e ajuda pessoas totalmente desconhecidas para ela, só pelo simples fato de alguem comentar algo sobre.

Tem centenas de histórias que com o tempo eu vou lembrando e escrevendo.



Minha Monserrat, além de ter uma baita de uma voz forte... dança que é uma beleza

segunda-feira, 5 de julho de 2010

Omelete de Xepa!

Cheguei, em casa, super com pressa na minha hora de almoço e sabendo que não tinha nada pronto.
Olhei a geladeira e fiz a xepa, pois no fim do mês sempre sobram rescaldos esquecidos. Peguei um buquezinho de brócolis ninja, peguei um pimentão que ja estava desistindo de ser consumido, um ultimo suspiro de mandioquinha ( da mesma safra do pão, uma salsicha, cebola e alho. Piquei tudo cru mesmo, e coloquei na frigideira temperei com pimenta calabreza e curry, deixei fritando com um tiquiinho de oleo e agua,enquanto isso, vou a caça dos ultimos ovos de casa. Bati 3 ovos com aquele batedor de mola ( minhas tias chamam de ploc-ploc) coloquei um tiquinho de leite e farinha de trigo... tiquinho mesmo, afinal não to fazendo panqueca.
Fritou tudo bonitinho, coloquei os ovos batidos e deixei lá...
Fiz um suco de laranja com cenoura ( totalmente xepados tambem)
E.. voi lá!!! um almoço pronto e com direito a não deixar nada no prato.

Nota: Estava com tanta pressa que comi e só depois lembrei que tinha que tirar foto! Vou repetir de novo e dessa vez tiro fotos.

Sou contra jogar fora alimentos.. nunca deixo estragar nada. quer me ver doente é ter que jogar algum vegetal fora por ter estragado. Acho digno usar tudo.... se não for em omeletes, pode ser em saladas ou sopas.... Um potinho de feijão pronto e congelado, salva muito.... uma bela sopa de feijão faz a reciclagem necessária para tudo ser aproveitado!

domingo, 4 de julho de 2010

A rifa, a outra face



Eu sou "o cara" para rifas, tenho uma sorte fantástica.
Um exemplo foi quando estava no primário, minha professora, não sei por que cargas d'agua resolveu dar presentes para todos os alunos da classe, todos não, quase todos. pra ser exato tínhamos 39 alunos na classe e minha professorinha comprou 35 canetas com uns badulaques (coisa raríssima na minha época escolar).
Como era o último dia de aula ela contava com um contingente menor na classe. Ela resolveu o impasse da seguinte maneira. Fez um sorteio, colocou o nome de todos os alunos e começou a tirar de uma caixinha. Foram chamados um a um e quando chegou a trigésima quinta pessoa a ser chamada, o aluno havia faltado, chamou outro e de novo outro aluno faltante. Eu esperando ser sorteado, todo mundo com a maldita caneta e eu esperando... tinha mais alguns papeizinhos dentro da caixa. A professora sorteou o ultimo papel, o feliz sorteado era meu melhor amigo. Sobraram 3 papeizinhos o meu e de outros 2 faltantes... em resumo numa chance de 35 em 36 eu consegui perder!
Ficamos eu e a professora com cara de bosta.... eu por não ter ganho e ela por saber que iria criar um trauma naquela criança!

E sempre foi assim, nunca consegui ganhar nada. Até que um dia comprei uma rifa de um Ovo de Pascoa de 1 kg de uma creche que era vizinha a minha empresa.
Nem lembrava que tinha comprado, afinal pra que lembrar se eu nunca ganharia?
Eis que no Sábado de Aleluia, liga uma funcionaria da empresa pra me dar a feliz noticia de que eu era o grande ganhador!
Sai todo feliz, pois pra mim era a façanha do século.
Havia prometido a um amigo de buscar ele e a família no aeroporto, pois estavam voltando de uma viagem ao Canadá.
Fui todo feliz, todo empolgado pra contar a novidade a ele. Mal entrou no carro meu amigo mais empolgado que eu, queria contar uma novidade e eu disse também que tinha uma.... mas por educação e por ver que ele estava contagiado com a viagem deixei o contar. Ele me disse que a Varig (existia ainda na época) havia feito sorteio de dois acentos no avião... e suas 2 filhas haviam sido sorteadas, cada uma com 2 passagens a Paris.
Eles estavam extasiados... depois de contar, ele me perguntou qual era minha novidade... fingi que havia esquecido e trouxe eles para casa.
Chegando em casa, liguei para minha funcionária e disse para ela ficar com o Ovo de Páscoa. Bobagem!

sexta-feira, 2 de julho de 2010

A rifa


Estava lembrando esta semana um dos prodígios familiares.

A historia chega a aparecer até mentira, mas aconteceu mesmo.

O fato ocorreu no ano de 1973.

Estava meu tio num sábado depois do almoço, onde você esta fulo de ter trabalhado, em um botequim tomando algo que alegrasse seu dia. Chegou um senhor distinto, contando que era dono de um circo que estava encerrando as portas. Contou que teria que pagar as despesas com os funcionários e fornecedores e coisa e tal. Ofereceu ao meu tio uma rifa para ajuda-lo. Meu tio solícito e com uma certa pena da situação do homem, comprou a rifa, o prêmio? oras o que poderia ser o prêmio de um dono de circo? Um elefante... sim o elefante do circo. Meu tio não se preocupou muito com o fato, comprou e foi pra casa.

Na segunda feira, logo cedo, ligaram para o trabalho do meu tio, vejam só, meu tio foi o feliz sorteado e acabara de ganhar um elefante.... Pois é um grande, lindo e ensinado elefante. Claro que ganhar um elefante na cidade de São Paulo é uma coisa quase corriqueira, coisa de um em 100 milhões. Mas e ai, o que fazer com um grande, lindo e ensinado elefante? Meu tio com a vasta experiência em trato de animais ( note que minha tia nem cachorro deixava ter em casa), foi receber seu grande presente, onde deixa-lo? simples, na margem do rio Tamanduatei ( na época o rio ainda não era canalizado ) deixar o grande animal ficar lá pastando. A noite pensaria o que fazer com ele. Mas para sorte do meu tio e total infelicidade do elefante, o bicho comeu tanto mato contaminado de mercúrio, chumbo e outros metais que no final do dia estava morto.

Agora pense, o que fazer com um animal desse porte morto? por em saco de lixo e esperar o caminhão do lixo levar? e la vai meu tio o feliz proprietário do elefante grande, lindo, ensinado e morto, ligar para prefeitura para dar um fim descente ao animal. Teve que pagar uma fortuna ( hoje seria algo em torno de 2 ou 3 mil reais) para que viessem recolher o bicho. Resumindo este foi o prêmio no século, E o pessoal do Big brother se achando o máximo.

Agora ca com meus botões, hoje pensando nessa história, acredito que o dono do circo fez tudo isso de caso pensado, precisava se livrar do animal doente, contou uma história qualquer e um pobre ingênuo caiu e comprou uma rifa, provavelmente a única rifa vendida. Por falta de concorrência no jogo meu tio ganhou ou melhor dizendo... perdeu!


Moral da história, se beber não dirija e nem compre rifa de elefante

quinta-feira, 1 de julho de 2010

Você sabe o que é ser daltônico?





Pois é....
Daltônico é o sujeito que na fila do banco não consegue convencer ninguem que ele tem uma deficiência física. É obrigado ficar esperando, enquanto um sujeito de perna enfaixada (deficiência temporária, ou forjada) pega a fila de deficientes.
Daltônico é o unico sujeito que conta que tem uma deficiência física e as pessoas tiram um barato... riem do defeito dele!
Alguém já riu do sujeito que está de cadeira de rodas ou é cego? Mas com daltônicos, é diferente, vem aquelas perguntas infames, tipo: que cor é essa? (as vezes as pessoas pensam que daltônico enxerga igual tirinhas de jornais, branco com os contornos pretos). Depois de duvidar ou acreditar, começam a tirar um barato da cara do sujeito daltônico!
Pensem!!! daltônico não é feliz com isso, daltônico enxerga uma boa quantidade de cores...
Ou seja não torrem o saco deles

Tá... não sou humanitário defendendo os pobres daltônicos.....EU SOU DALTÔNICO! não torrem meu saco!